APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
A ex-chefe de gabinete da vereadora Edna Sampaio (PT), Laura Natasha Oliveira Abreu, chorou em seu depoimento à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Cuiabá e disse que era o marido da vereadora, Willian Sampaio, que gerenciava as contas do gabinete.
A Comissão de Ética investiga denúncia de esquema de "rachadinha" no gabinete de Edna Sampaio. A verba indenizatória de R$ 5 mil, destinada à chefia de gabinete, cargo ocupado por Laura, era "devolvida" para uma conta em nome de Edna e a própria vereadora confirmou que o valor era usado para "gastos do gabinete".
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Em seu depoimento, Laura Abreu se emocionou e disse que, no período em que trabalhou no gabinete da parlamentar, por cerca de cinco meses, recebia cobranças constantes do marido da vereadora para realizar as transferências da Verba Indenizatória, que segundo a lei, deveria ficar com ela.
“Conforme tem os prints de WhatsApp, ele passava a conta que era pra ser transferida e ele me perguntava se o relatório de V.I. já tinha sido feito, se já tinha caído dinheiro na conta, se já tinha transferido para a conta da Edna. Caso tivesse caído era para transferir para a conta que ele mandava, que era em nome da vereadora Edna”, disse Laura.
Laura relatou aos parlamentares presentes da sessão que, enquanto esteve trabalhando no gabinete da vereadora, não sabia que a Verba Indenizatória compunha parte dos seus proventos pessoais. Desde sempre foi orientada a devolver o dinheiro para os gastos do “mandato coletivo” de Edna Sampaio.
“Lá no gabinete eles tratavam essa VI como 'VI do gabinete'. Em nenhum momento falava que era a VI do chefe de gabinete, que era uma ajuda de custo, que era pra custear os gastos em decorrência do cargo de chefe de gabinete. Em nenhum momento isso foi explicado para mim”, disse.
Ela também negou que tivesse qualquer acesso à conta bancária, como Edna alegou em nota pública e à imprensa. “Eu nunca tive acesso a nenhuma conta da Edna, nem do mandato. Nunca fiquei nem com o cartão. Nunca tive acesso a nenhuma movimentação, a nenhuma prestação de contas. O tempo que eu estive lá, eu Laura, não tive acesso. Não podia movimentar esse dinheiro”, disse.
Segundo Laura, ela só foi se dar conta de que algo estava errado quando leu uma reportagem sobre o caso de sua demissão, enquanto estava grávida, que apontava seus rendimentos como sendo formados por R$ 7 mil de salário e R$ 5 mil de verba indenizatória. Segundo ela, só recebia 70% desse valor do salário e sempre devolveu a VI.
Nesse momento, foi em busca de orientação com um colega de Partido dos Trabalhadores, onde é filiada há cerca de 10 anos, para quem enviou prints das conversas. Foi a partir dessa pessoa, segundo ela, que, direta ou indiretamente, houve o vazamento dos prints e áudios divulgados pela imprensa.
Feminista, mas nem tanto
Laura foi demitida por Edna Sampaio já grávida. Atualmente, ela está no final da gestação. A demissão repercutiu de forma extremamente negativa, já que Edna diz ser feminista e trabalhar em prol da causa negra.
Ao informar que estava grávida, foi acertada a exoneração de Laura, com o pagamento dos direitos trabalhistas referentes a todo o período da gestação e de licença maternidade, que custaram à Câmara cerca de R$ 70 mil.
Tio Sam 22/06/2023
Achei que só a família do Bolsonaro que fazia rachadinha. Que vergonha. Kkkkkk
1 comentários