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Cuiabá, 16 de Janeiro de 2025
16 de Janeiro de 2025

21 de Março de 2022, 18h:42 - A | A

PODERES / MENSALINHO NA ASSEMBLEIA

Justiça mantém ação contra ex-deputado acusado de receber R$ 600 mil em propina

Ex-deputado alegou que dinheiro era pagar empréstimo que fez para a campanha de Silval

CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO



A juíza Célia Regina Vidotti, da Vara de Ações Coletivas de Cuiabá, manteve em andamento a ação movida pelo Ministério Público Estadual (MPMT) contra o ex-deputado Carlos Antônio Azambuja, por suspeita de recebimento de propina.

A denúncia leva em consideração as delações do ex-governador Silval Barbosa, seu chefe de gabinete, Silvio Corrêa, e do ex-secretário Valdisio Juliano Viriato. 

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Segundo o MPMT, Carlos Azambuja teria recebido, assim como outros deputados da Assembleia Legislativa, 12 parcelas de R$ 50 mil, os chamados "mensalinhos", para votar favorável a pautas do governo estadual.

Entretanto, a defesa do ex-deputado recorreu da decisão que acatou a denúncia, afirmando que não há provas de que ele tenha recebido o valor denunciado ou que enriqueceu ilicitamente.

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O ex-parlamentar confessou que já esteve na sala de Silvio Corrêa recebendo valores, mas afirmou que tratava-se de um empréstimo junto ao Sindicato Rural, para pagar os cabos eleitorais da campanha de Silval Barbosa na região de Pontes e Lacerda. Por isso, pediu a extinção do processo. 

Contudo, analisando o caso, a juíza afirmou que "são fortes os indícios da prática de ato de improbidade administrativa" por parte do ex-deputado, que foi filmado recebendo os maços de dinheiro e teve a imagem viralizada através do programa Fantástico, da Rede Globo. 

Dessa forma, a juíza rejeitou as preliminares levantadas pela defesa do ex-deputado e deu prazo de 15 dias para que os advogados e o Ministério Público informem quais são as provas que pretendem produzir, bem como indiquem se têm interesse em arrolar testemunhas.

Propina

De acordo com a ação, os valores usados para pagamento de propina aos deputados eram oriundos de diversas obras contratadas pelo governo estadual. 

No caso de Azambuja, o valor saía do programa MT Integrado, por meio do qual as empresas participavam de procedimentos superfaturados ou, por vezes, recebiam sem sequer terem executado qualquer serviço, gerando dano aos cofres públicos. 

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