APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
O governador Mauro Mendes (União) admitiu que tem um compromisso com o deputado federal Fábio Garcia (União) para apoiá-lo na disputa pela Prefeitura de Cuiabá em 2024. Em conversa com jornalistas na manhã desta sexta-feira (21), o chefe do Executivo estadual disse que a decisão veio em 2022, quando ouviu uma negativa do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), em disputar o cargo de prefeito.
Botelho e Garcia disputam internamente para ver quem será o candidato do União Brasil, partido presidido por Mauro Mendes em Mato Grosso.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“No ano passado o presidente Botelho falou comigo algumas vezes sobre esse tema na época da campanha e ele disse que não era candidato, que ele não seria candidato. Acabou as eleições [de 2022], o Fábio Garcia falou comigo, falei com algumas pessoas mais próximas, ninguém tinha interesse e aí eu firmei com ele um compromisso de apoiá-lo nas eleições para prefeito em 2024”, revelou Mendes.
A revelação da conversa e uma definição de apoio a Garcia logo após a eleição de 2022 chama a atenção, já que o governador sempre se disse crítico daqueles que saem de uma eleição pensando na próxima.
“Falar que um político não fala de eleição futura seria hipocrisia, agora uma coisa é você falar uma vez hoje, daqui dois ou três meses, esporadicamente. (...) Agora política eleitoral, deixa para o ano eleitoral. Eu só externalizei aquilo que muitos já sabiam nos bastidores da política”, disse.
Questionado se havia a possibilidade de esse apoio ser transferido para Botelho, caso a candidatura de Garcia não embale, o governador desconversou.
“É uma decisão que nós vamos tomar no ano que vem. Não vou tomar nenhuma decisão agora. (...) Acho que todo mundo tem mais o que fazer do que ficar pensando em eleição 2024”, concluiu.
Outro lado
Perguntado sobre a declaração do governador, o deputado Eduardo Botelho manteve o discurso que vem sendo usado até aqui, que a decisão final sobre a candidatura do União Brasil será tomada no começo de 2024.
"Ainda não teve essa discussão, vai ter o momento para discutir isso", se limitou a dizer.
