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Cuiabá, 01 de Fevereiro de 2025
01 de Fevereiro de 2025

01 de Fevereiro de 2025, 08h:00 - A | A

PODERES / MODAL PARADO

Mauro culpa Emanuel por atraso do BRT: "Ele não dava licença, entrava na Justiça e ficou um ano atrapalhando o início da obra"

A implantação do novo modal deveria ter iniciado em 2023, mas somente em janeiro do ano passado o projeto saiu do papel.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT



O governador Mauro Mendes (União Brasil) culpou o ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pelo atraso no início das obras de implantação do BRT (ônibus de trânsito rápido) na Capital. Segundo ele, a recusa na emissão de licenças e a batalha judicial contribuíram no atraso da entrega do novo modal.

“Essa notícia que eles trazem nos autos é verdadeira: a Prefeitura de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, atrasou em um ano o início dessa obra aqui na parte de Cuiabá. Ele não dava licença, ele entrava na Justiça, no TCE, no TCU e ficou um ano atrapalhando o início da obra. O Consórcio tem razão”, afirmou em entrevista à rádio Vila Real.

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Emanuel Pinheiro comandou o Palácio Alencastro por oito anos. Nesse período, sempre foi defensor do VLT (Veículo Leve sob Trilhos), mesmo após anos da obra ter sido abandonada. O modal foi uma obra anunciada para a Copa do Mundo de 2014, mas nunca foi concluída.

Em 2020, Mauro Mendes anunciou a mudança para o BRT. O embate político entre o governador e o prefeito levou a uma batalha judicial. Isso, porque Emanuel se recusava a aceitar a troca, o que fez com que a obra, que deveria ter iniciado em 2023, só começasse em janeiro de 2024.

Para tentar barrar a escolha de Mauro, o prefeito negava a emissão de licenças necessárias para a obra e ainda entrou com uma ação judicial para impedir a mudança do modal.

Na época, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) chegou a intervir e proibiu Emanuel de praticar qualquer medida que tentasse barrar o início das obras do BRT na Capital.

Apesar da implantação ter começado, o Governo do Estado tem feito diversas notificações à empresa responsável devido à lentidão dos trabalhos. Mauro, inclusive, já ameaçou romper contrato caso não haja avanços significativos.

“Chegamos ao limite, a empresa realmente não está performando, está com muita dívida na praça, uma performance muito abaixo do que deveria fazer. Foi feita uma repactuação com eles no ano passado. Eles não cumpriram, já receberam mais duas notificações graves e nós estamos nessas três semanas do início do ano fazendo alguns diálogos muito duros com eles, ou eles pegam no tranco e vão embora ou realmente o contrato será rompido”, disse.

A ruptura foi, inclusive, defendida pelo presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo. Entretanto, Mauro defendeu cautela.

“Por isso temos que ter cuidado com essa rescisão para não dar razão a eles [Consórcio] e o Estado pagar”, finalizou.

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