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Cuiabá, 19 de Abril de 2025
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17 de Novembro de 2021, 14h:00 - A | A

PODERES / CRITICOU DEPUTADOS “RADICAIS”

Mauro defende Conselho LGBTQIA+: “Não pode ser como se não existissem"

Ele ressaltou que o Conselho LGBTQIA+ poderá discutir políticas públicas para o grupo e destacou que o governo deve fazer a gestão para todos

CAMILLA ZENI
DAFFINY DELGADO



Autor do projeto de lei que prevê a criação do Conselho Estadual LGBTQIA+ (PL 862/2021), o governador Mauro Mendes (DEM) criticou os deputados “radicais” que tentaram arquivar a proposta, encaminhada para análise da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

“Existe Conselho Antidrogas, Conselho da Criança, existem dezenas de conselhos para grupos específicos da sociedade. Por que não existir para esse? O que tem de errado em ter um conselho para discutir políticas públicas? Está negando que essas pessoas existem?”, questionou o governador na manhã desta quarta-feira (17).

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O projeto foi enviado para a ALMT pelo Executivo e tem causado intenso debate entre os parlamentares. Isso porque o deputado evangélico Sebastião Rezende (PSC), que preside a Comissão de Direitos Humanos, Defesa dos Direitos da Mulher, Cidadania e Amparo à Criança, Adolescente e Idoso, pediu o arquivamento da proposta antes mesmo que o projeto fosse colocado para votação dos deputados.

Mauro ressaltou que o Conselho LGBTQIA+ poderá discutir políticas públicas para o grupo e destacou que o governo deve fazer a gestão para todos os cidadãos mato-grossenses. Ele ainda pontuou que, apesar do radicalismo de alguns, não é possível “ignorar” a existência dos diversos grupos sociais.

“O governo tem que ter obrigação de olhar para todos os cidadãos. Não importa sua opção religiosa, classe social, opção sexual. O governo tem que ter política para todos os cidadãos. Não pode alguém que é radical dizer: ‘olha…, é como se essas pessoas não existissem’", disse o governador.

“Os deficientes precisam, as pessoas mais pobres precisam, as crianças precisam, os idosos precisam. Todas as pessoas do chamado grupo de minoria, ou que têm algum tipo de demanda, têm que ser organizadas, e o conselho é para isso, para discutir algum tipo de política pública para determinados segmentos”, completou o governador.

O pedido de arquivamento do PL chegou a ser aceito pelo deputado estadual Dilmar Dal’Bosco (DEM), que estava na condição de presidente interino da ALMT em razão de viagem do deputado estadual Max Russi (PSB), titular do cargo.

Entretanto, após a repercussão negativa, que mobilizou, inclusive, diversos parlamentares, o projeto voltou a tramitar. A proposta chegou a entrar na pauta da sessão do dia 16 de novembro, mas foi retirada para votação na Comissão de Sebastião Rezende na próxima segunda-feira (22).

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