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Cuiabá, 25 de Outubro de 2024
25 de Outubro de 2024

25 de Outubro de 2024, 07h:00 - A | A

PODERES / MP QUER BARRAR OBRA

Mauro prevê colapso do Portão do Inferno: "Se as pessoas querem pagar pra ver, ok!"

Na semana passada, o MP e MPF pediram a suspensão dos trabalhos; um abaixo assinado já tem 17 mil assinaturas

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



O governador Mauro Mendes (União) detonou a mobilização de moradores de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá) que, por meio de um abaixo-assinado que já conta com mais de 17 mil assinaturas, tentam barrar a obra de retaludamento feita na região do Portão do Inferno, na estrada de Chapada.

"Aquele morro vai colapsar mais cedo ou mais tarde. Se as pessoas querem pagar pra ver, ok. O governo não está implorando para fazer aquela obra", declarou.

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Após meses de exigências de licenças e documentos por parte de órgãos federais, a obra na região começou neste mês. O retaludamento consiste na retirada do maciço rochoso da curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes que funcionam como degraus, para impedir os deslizamentos de terra.

A decisão do Governo do Estado para a obra aconteceu após vários deslizamentos de terra na região colocarem em risco a vida de motoristas que frequentam a cidade. Entretanto, a obra não tem deixado os moradores satisfeitos.

Leia mais: MPF e MP pedem suspensão imediata das obras no Portão do Inferno

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPMT) solicitaram a suspensão da obra após apontarem supostas irregularidades no licenciamento ambiental. O pedido ainda está em análise do Judiciário.

Mauro destacou que vivemos em um estado democrático e que se a Justiça determinar a suspensão da obra, ele vai aplicar o recurso milionário, R$ 29,5 milhões, em outros lugares. No entanto, ele enfatizou o risco que o local correrá de sofrer com novos deslizamentos.

"Tenho centenas e milhares de obras que posso fazer no estado inteiro. Se a população não quer, o Ministério Público não quer e a Justiça não deixar, tudo bem. Vivemos numa democracia", disse.

"E eu vou pegar esse mesmo recurso e vou aplicar em dezenas, centenas e milhares de outros locais que querem obra. Agora, aquele morro vai colapsar, anotem aí. Eu vi há poucos dias imagens de lá que me deixaram assustado", emendou.

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