APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) sinalizou, nesta segunda-feira (13), que pretende vetar o trecho da lei aprovada pela Assembleia Legislativa que autoriza o funcionamento de comércios dentro das unidades prisionais. O chefe do Executivo estadual criticou fortemente a manutenção dos chamados “mercadinhos” e disse que o modelo serve para dar regalias aos presos e é usado para entregar aparelhos celulares aos detentos.
“Onde já se viu um negócio desses? Um mercadinho para preso ficar comprando o que quer lá dentro, entrando com celular no meio de comida que entra para esse mercadinho. Nós estamos endurecendo de todos os lados que nós podemos, isso eu garanto que nós estamos fazendo e vamos continuar fazendo”, afirmou o governador em entrevista para a rádio CBN Cuiabá.
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“[Quem] Vai para o presídio, o estado tem que tratar bem, o estado dá quatro refeições por dia, agora não tem que ter regalia lá dentro, não”, pontuou.
Mauro disse que esses comércios forneciam aos presos bebidas alcoólicas e alimentos que não estavam incluídos na dieta controlada servida a eles.
“O estado fornece quatro refeições por dia lá dentro, refeições balanceadas. Custa caro. Não tem porque ter mercadinho lá, como existia e que vendia whisky, cerveja, cigarro, docinho. Não tem que ter isso lá dentro, não gente. Se o cara quer beber whisky, cervejinha, cigarrinho, quer comidinha boa fique aqui fora trabalhando e seja um cidadão decente, honesto”, disse o governador.
Mauro ainda ressaltou que como parte dos esforços para combater a criminalidade, no âmbito do programa “Tolerância Zero”, demitiu o comandante-geral da Polícia Militar e criou a Secretaria de Justiça, comandada pelo delegado Vitor Hugo Bruzulato.
“Criamos a Secretaria de Justiça para ter mais foco no sistema prisional para que quando um criminoso for preso ele vá para lá para cumprir pena e não para fazer de dentro do presídio crimes como vinha acontecendo em muitos lugares aqui no Mato Grosso e acontecem em todo o Brasil”, concluiu.
Na quarta-feira (15), conforme o governador, será realizada mais uma reunião do comitê do programa "Tolerância Zero", quando o governador tomará a decisão final.