CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O governador Mauro Mendes (DEM) voltou a fazer críticas contra a concessionária Rota do Oeste, que administra trechos da BR-163 em Mato Grosso. Apesar de destacar que a concessão é de responsabilidade do governo federal, Mauro cobrou que é preciso uma solução para a cobrança de pedágio mesmo sem a duplicação da via.
À frente da BR-163 em Mato Grosso desde 2014, a Rota tinha o compromisso de duplicar um trecho de 120 km ao sul da Capital e outros cerca de 800 km ao norte. No entanto, apenas o menor trecho foi realizado. Ainda assim, a empresa continua cobrando pedágio nas praças, o que tem provocado a reação negativa de viajantes e da classe política há anos.
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Mauro apontou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) é o responsável por acompanhar a situação das obras, mas ressaltou que o trecho não duplicado tem causado muita dor de cabeça. Ele ainda destacou que a BR-163 é uma importante via para o escoamento da produção agrícola e, por isso, o governo estadual cobra uma solução.
“Eu não quis ficar falando muito sobre isso porque tinha os meus problemas e estou cuidando deles no governo do Estado, mas é algo que acredito que precisa ter uma solução, porque é uma pouca vergonha você cobrar por algo, não fazer e continuar recebendo. O que cabe a mim como governador é cobrar nossa bancada, nosso ministro e tudo isso já fizemos”, criticou o governador em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (17).
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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), também fez críticas à concessionária nesta segunda-feira, ressaltando que o parlamento chegou a propor uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o caso da Rota do Oeste. A reclamação é que a empresa continua a cobrar pelo pedágio sem oferecer a contrapartida da duplicação para os motoristas. Como consequência, diversas mortes são registradas nas estradas.
Devolução amigável
No mês de dezembro, depois de intervenção do Ministério de Infraestrutura, que chegou a propor um termo de ajustamento de conduta para a concessionária, a empresa decidiu fazer a devolução amigável da rodovia.
Segundo a Rota do Oeste, as incertezas de retorno financeiro em razão da implantação da ferrovia estadual, que teve contrato assinado em setembro passado, atrapalharam as negociações.
Agora, durante o processo de devolução, a empresa garante que continuará prestando os serviços necessários para garantir a fluidez do tráfego, bem como apoio aos viajantes.
Confira abaixo uma nota divulgada pela concessionária Rota do Oeste nesta segunda-feira.
A Concessionária Rota do Oeste esclarece que protocolou, em dezembro, o pedido de devolução com base na Lei 13.448. Este foi apenas o primeiro passo de um processo que deve caminhar ao longo de 2022 com o enquadramento formal da concessionária e, posteriormente, a assinatura de um termo aditivo de transição, que irá vigorar até que o Governo Federal realize licitação para escolha de uma nova concessionária para a prestação do serviço.
Conforme determina a lei, não deverá haver hiato na prestação dos serviços operacionais, tampouco da manutenção do pavimento, evitando assim aumento no número de acidentes e deterioração dos investimentos realizados até aqui. Cerca de R$ 2 bilhões foram investidos na rodovia desde o início da concessão. Durante o período de devolução, a Concessionária prevê investir ainda cerca de R$150 milhões anualmente.
Portanto, assumimos e cumpriremos a responsabilidade de realizar os trabalhos de manutenção, recuperação, serviços de socorro médico e mecânico até lá.
deovaldo 18/01/2022
Nesse País governador é dessa forma que as empreiteiras amigas do Rei agem, pois somente após um processo que poderá se arrastar ate a entrega em definitivo para ser devolvida na sua integralidade e até que isso ocorra cobro pedágio dos trouxas e os nosso congresso não faz nada para modificar, até porque quem iria financiar as campanhas deles né. O nosso País é maravilhoso, mas é habitado pela pior raça que a humanidade ja presenciou..Aqui se não virar politica, da-se um jeitinho de resolver a pendega...Muda mais não, só se cair novo meteóro
1 comentários