DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
O vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), protocolou na manhã desta quinta-feira (04), um pedido de licença do cargo parlamentar para se dedicar à campanha a deputado estadual. Na sessão, ele ainda destacou que está se sentindo “nu”, após ter seu porte de arma suspenso por determinação da Justiça.
Paccola foi denunciado na semana passada, pelo homicídio qualificado do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa de Barros, conhecido como Japão, que aconteceu em 1º de julho, no bairro Quilombo, em Cuiabá.
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Na tribuna, o vereador lembrou dos quase 20 anos de Polícia Militar, ao citar que teve o porte de sua pistola retirado pela primeira vez. Enfatizou que recebeu apoio de vários "irmãos da corporação", que estariam se organizando para fazer sua segurança, enquanto a decisão sobre o armamento não for revogada.
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"Hoje me sinto como se estivesse nu, andando pelado. Por decisão do juiz - e decisão judicial a gente está aqui para acatar -, hoje não estou portando a minha arma de fogo. Tive o meu porte suspenso. Algumas pessoas que se sentem amedrontadas pela minha volta, pelo fato de estar portando uma arma de fogo, fiquem tranquilos por que não posso enquanto essa decisão não for revogada", disse.
"Para alegria de uns e tristeza de outros, vários policiais fizeram contato comigo e colocaram à disposição para, na folga, estarem junto comigo [...] enquanto eu não tiver possibilidade de me defender", emendou.
Apesar de ter sido denunciado e se tornar réu pela morte de Japão, o Republicanos manteve o nome do vereador na lista de pré-candidatos, que deve ser confirmado em convenção partidária a ser realizada nesta sexta-feira (05).
“Vou dedicar dia, noite e madrugada, nesses próximos dias, à campanha. Se for assim acolhido pelo partido, estaremos cravando a nossa condição de candidato como deputado estadual em Mato Grosso, a partir da convenção de amanhã", explicou.
Por falta de quórum, o requerimento de licença do vereador não pode ser votado na sessão desta quinta-feira. Agora, a previsão é que o pedido seja apreciado pelo Parlamento Municipal na próxima sessão, prevista para terça-feira (09).