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Cuiabá, 22 de Dezembro de 2024
22 de Dezembro de 2024

14 de Julho de 2022, 11h:22 - A | A

PODERES / “ATITUDE REPUGNANTE”

Paccola nega que tenha matado agente para se promover e chama petista de “urubu de cadáver”

O MP pediu e a Justiça negou, nesta quarta (13) a prisão de Marcos Paccola, alegando que ele pensou em se promover politicamente ao matar o agente Alexandre Miyagawa, após confusão de trânsito

EUZIANY TEODORO
DAFFINY DELGADO



O vereador por Cuiabá, Marcos Paccola (Republicanos), disse estar surpreso com a justificativa dos promotores que pediram sua prisão e apreensão de celulares, nesta quarta-feira (13). Os promotores disseram que Paccola quis fazer “autopromoção política” ao atirar e matar o agente socioeducativo, Alexandre Miyagawa, em 1º de julho.

“Eu entendi que tenham recolhido meus celulares, inclusive cedi minhas senhas, voluntariamente, para que o delegado tenha acesso total. O que eu não entendi foi a justificativa dos promotores em dizer que fiz autopromoção, em uma situação que poderia ter dado muito errado”, afirmou o vereador, em coletiva à imprensa.

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No dia da morte, Paccola aguardou no local, se apresentou à polícia e, em depoimento, disse ter agido em sua própria defesa e de terceiros. Segundo ele, Alexandre tinha arma em punho e entendeu que a namorada dele, Janaina Sá, estava em risco, pois os dois discutiam no momento da confusão.

Vídeos da situação ganharam os veículos de comunicação e redes sociais, onde Paccola aparece atirando pelas costas do agente.

“O resultado é completamente incerto. Temos casos inúmeros onde uma intervenção, você nunca sabe, a arma poderia falhar, ele poderia não parar a ação a atirar em mim. Fiquei bastante consternado com o que os promotores colocaram no pedido, que eu quis fazer autopromoção.”

Nesta manhã, a Câmara de Vereadores abriu sessão para votar um pedido de afastamento de Paccola, feito pela vereadora Edna Sampaio (PT), devido ao homicídio. Para ela, houve quebra de decoro parlamentar.

Paccola se defendeu e disse que Edna agiu como “urubu de cadáver”, se aproveitando de uma situação que não tem nada a ver com sua atividade política.

“A única pessoa que utilizou essa tragédia, se comportamento como ‘urubu de cadáver’, foi a vereadora Edna. O que ela fez foi repugnante, diante de uma tragédia que não tem nenhuma ligação com minha atividade política, apenas pelo meu dever como policial”, afirmou.

Um requerimento apresentado pelo vereador Sargento Vidal, pedindo parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), adiou o possível afastamento para agosto, após o recesso parlamentar.

Comente esta notícia

Benedito da costa 14/07/2022

Ao chamar a vereadora de urubu de cadáver? Pode ser interpretado de forma racista visto que a vereadora é negra e ninguém se até tou a isso. Por outro lado se ele a chamou de "urubu de cadáver"? Ela também o poderia chamar de "abutre assassino".

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MARIA AUXILIADORA 14/07/2022

Repugnante é atirar nas costas de seu semelhante e, embora todos os vídeos e testemunhos deixam claro que foi execução, tentar emplacar a tese da legítima defesa de terceiro. A vereadora Edna só quer que a justiça seja feita e, pelo menos, não sejamos mais obrigados a pagar salário para um assassino flagrante, uma vez que a justiça pode tardar e ainda falhar.

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wander 14/07/2022

Atirando pelas costas, jamais daria errado. Só se ele errasse!

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3 comentários