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Cuiabá, 16 de Setembro de 2024
16 de Setembro de 2024

02 de Setembro de 2024, 18h:17 - A | A

PODERES / JULGAMENTO EM BRASÍLIA

TRF1 decide nesta terça se “vídeo do paletó” pode ser usado contra Emanuel

Até decisão em contrário, vídeo não tem validade enquanto prova em processo contra prefeito de Cuiabá.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) julga, nessa terça-feira (03), o recurso do Ministério Público Federal para que seja revista a decisão que anulou como prova o vídeo em que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) aparece recebendo valores em espécie e que seriam supostamente oriundos de propina.

O julgamento está na pauta da sessão marcada para ter início às 14h (de Brasília). Não há confirmação de que vá ser realizada a transmissão do julgamento por meio eletrônico.

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As imagens, que ficaram conhecidas como “vídeo do paletó”, mostram o então deputado estadual recebe maços de dinheiro e os coloca em seu terno. Emanuel chega a deixar parte do dinheiro cair no chão. O vídeo foi gravado pelo então chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Corrêa.

Segundo a denúncia, parlamentares recebiam R$ 600 mil cada para ajudarem na aprovação de projetos que fossem do interesse do Governo do Estado na Assembleia Legislativa.

A decisão de anular o vídeo como prova foi do desembargador federal Pablo Zuninga Dourado, da mesma 4ª Turma. Mas houve uma mudança interna na Corte e o relator do caso agora é o desembargador Marcos Augusto de Sousa.

Há um entendimento pacífico de que uma gravação em local público é seria ilegal. A questão neste caso é se isso pode ser estendido para ambientes como uma repartição pública. A gravação de Emanuel foi feita dentro do Palácio Paiaguás, sede do governo.

Caso os desembargadores federais decidam por manter a decisão, isso pode impactar em processos envolvendo outros parlamentares que também foram filmados naquela época.

Em nota, os advogados Matteus Macedo e Lucas Fischer, que representam o prefeito, alegam que o vídeo foi gravado de forma ilegal e que o material não comprova que Emanuel estaria recebendo qualquer tipo de propina.

A nota segue dizendo que Emanuel é inocente e que a decisão de anular o vídeo como prova invalida a tentativa do Ministério Público Federal (MPF) de “injustamente acusar o atual prefeito de Cuiabá”.

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