KARINE ARRUDA
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O deputado estadual Eduardo Botelho (União) defendeu que a assassina confessa Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, seja condenada à prisão perpétua pelo crime cometido contra a adolescente grávida Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos. Para Botelho, a barbárie reforça a necessidade do endurecimento das leis.
“É um crime bárbaro. Nós esperamos que seja punido com o rigor da lei. Eu mesmo defendo prisão perpétua para esses casos. [...] Eles têm que ficar presos, não podem ser soltos nunca mais”, afirmou o parlamentar à imprensa esta semana.
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Botelho também criticou a frouxidão da legislação brasileira e intensificou a campanha para que o Código Penal seja revisto e que penas mais rígidas sejam impostas a crimes como esse e os que envolvam menores de idade.
“Eu acho que a gente tem que ter penas mais duras, inclusive com prisão perpétua, para feminicídio. Eu tô defendendo isso direto”, pontuou.
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“Outra coisa que eu também defendo é abaixar a maioridade penal para que essas pessoas que estão entrando no crime, e as facções levando para o crime com 16 anos, para que eles possam sim ser presos e responder como adultos”, acrescentou.
Na manhã da quarta-feira (19), a mãe de Emelly, Ana Paula Peixoto de Azevedo, esteve na Assembleia Legislativa para pedir justiça em nome da filha. Na ocasião, ela reiterou o pedido para que Nataly pague pelo crime cometido. Ana Paula defende que a assassina não merece ter o direito de viver mais.
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“Essa mulher não merece viver, ela não tem que ter liberdade porque ela tirou algo de mim muito grande, levou algo grande de mim que é minha filha, uma parte de mim. Não está sendo fácil”, desabafou.
Assassinato
Emelly Sena estava grávida de nove meses e foi brutalmente assassinada no dia 12 de março deste ano. Ela foi morta por Nataly Pereira, que arquitetou e armou todo o plano de morte da adolescente para roubar a filha dela, que ainda estava no ventre.
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No dia do crime, Nataly atraiu Emelly para uma residência no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, onde ela prometeu que doaria algumas roupas para a adolescente, cuja filha estava prestes a nascer. Na residência, a vítima foi enforcada, teve a barriga cortada e o bebê roubado, sendo posteriormente enterrada em uma cova rasa.
Na noite do mesmo dia, Nataly deu entrada no Hospital Santa Helena, junto com seu companheiro Christian Cebalho, e uma bebê recém-nascida. Na unidade de saúde, a assassina tentou registrar a criança sob a justificativa de que havia tido um parto em casa, porém, ela foi submetida a exames médicos, que constataram que ela não havia tido um parto recente.
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Com a desconfiança, a equipe do hospital acionou a polícia, que encaminhou Nataly, o companheiro dela, Christian Cebalho, o irmão dela, Cícero Martins Pereira, e o cunhado dela, Alédson Oliveira, à delegacia. Na manhã do dia 13 de março, eles foram presos, porém, a assassina confessou ter cometido o crime sozinha, fazendo com que os outros três fossem liberados. A Polícia Civil, no entanto, ponderou que eles seguem sendo investigados.
O corpo de Emelly foi encontrado enterrado em uma cova rasa no quintal da casa do irmão de Nataly, local onde o crime ocorreu. A vítima estava com as mãos e pés amarrados e com um corte em formato de “T” na barriga. As investigações apontaram que, mesmo sendo enforcada, a adolescente morreu agonizando e não por asfixia.
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A assassina está presa em uma cela individual na penitenciária feminina Ana Maria do Couto, em Cuiabá. A Polícia Civil continua as diligências para descobrir se há outras pessoas envolvidas no crime.
Veja vídeo:
ALFREDO CARVALHO 22/03/2025
Com a legislação jurídica vigente ela não fica 10 anos na prisão e será solta, além de receber indenização.
Chapa e cruz 22/03/2025
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