APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O senador Wellington Fagundes (PL) criticou a pressa do Governo Federal com pautas importantes para o país, como é o caso da Emenda Constitucional do Corte de Gastos, que precisa ser votada antes do recesso de fim de ano ou o governo vai descumprir as metas do arcabouço fiscal, que reúne as regras impostas pela legislação para manter o equilíbrio das contas públicas.
“Tudo o que o governo apresentou é para a gente votar em três semanas, sendo que só sobra para o Senado uma semana. E outra coisa, se nós mudarmos qualquer coisa, tem que voltar para a Câmara, então eles querem que a gente aceite aquilo que foi definido pela Câmara dos Deputados, sem passar por comissões, sem discutir com a sociedade brasileira”, criticou o senador.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“Nós vamos ter que votar a LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias], votar o Orçamento, votar essa Emenda Constitucional que o governo mandou e mais um projeto de lei”, enumerou.
LEIA MAIS - Mauro: Medidas anunciadas por Lula trarão prejuízo de R$ 700 milhões a Mato Grosso
Entre as medidas apresentadas estão mudanças na regra de cálculo do salário mínimo, na concessão do Abono Salarial e do Bolsa Família, além de alteração na regra de aposentadoria dos militares.
Em paralelo, a gestão Lula também anunciou a isenção de Imposto de Renda, a partir de 2026, para quem recebe R$ 5 mil e o aumento da alíquota efetiva do IR para quem tem renda superior a R$ 50 mil mensais.
Para Wellington, as medidas adotadas pelo governo e pelo ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda, resultaram no enfraquecimento do próprio governo e do Haddad, inclusive entre os demais ministros do governo petista.
“Eu falo que é um governo brigando com o governo, os próprios ministros do governo Lula estão enfraquecendo o ministro Haddad e o resultado de tudo isso o que foi? O dólar estourou”, apontou.
“A inflação está chegando, o preço de insumos básicos como ovo e a carne estão subindo muito, a cesta básica está subindo, a inflação chegando e quem mais perde com a inflação? O assalariado, aquele que ganha menos”, acrescentou.