DA REDAÇÃO
O autor da morte da sequencia de mortes e tentativa de outras duas foi indiciado cinco vezes por homicídio qualificado, praticado por meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas e dupla tentativa de homicídio. O inquérito policial será concluído em 10 dias pela Polícia Judiciária Civil.
O autor dos homicídios e das tentativas, Livio Paulo Viana Alves, 25, foi identificado através da motocicleta Honda Bros, preta, seminova, que utilizou para buscar drogas para consumir na casa, onde esfaqueou as cinco primeiras vítimas. Três horas após o massacre ele foi preso pelas Policiais Civil e Militar.
Foram assassinadas a facadas, no bairro Téssele Junior, o dono da casa, Rail Neri Araujo da Silva, Osmarilde Nascimento de Carvalho, 30, Douglas Rossato Duarte, 24, Mikael Rodrigues da Silva, 26, e ficou ferido Antonio Givacildo. Em seguida, o suspeito saiu com sua motocicleta do bairro, atravessou a cidade e parou em um bar no bairro Veneza matando, Daniel Ferreira de Souza, 23, e ferindo Marco Antonio.
O delegado explicou Marcelo Martins Torhacs, explicou tudo aconteceu no intervalo das 17 horas 20 horas, de sábado (04.08). Segundo ele, a Polícia Civil foi acionada para atender várias ocorrências, algumas envolvendo vítimas fatais, acontecidas concomitantemente. Ao todo foram sete vitimas, sendo cinco mortas e duas em estado grave de saúde.
“Imediatamente, os investigadores de polícia iniciaram as diligencias para apurar a autoria dos graves crimes. Durante o colhimento de informações, a Polícia Civil conseguiu identificar o responsável pelos fatos”, disse o delegado.
Em trabalho de investigação, os policiais civis localizaram na residência do suspeito e no local encontraram a carteira de habilitação dele e o manual da motocicleta. “E através da numeração do chassi, foi possível obter a placa de identificação em bancos de dados oficiais”, explicou o delegado.
As diligências para localizar o suspeito foram intensificadas. Algumas horas depois, os investigadores encontraram a moto do suspeito, estacionada na Avenida Tocantins, no bairro Rio Verde próximo a um conjunto de quitinetes e quartinhos alugados.
Após campana, os policiais civis constaram que o suspeito estava em um dos quartos e solicitou apoio da Polícia Militar local para cerco na quadra, “buscando evitar eventual fuga do autor do crime”, frisou. “Os investigadores que estavam monitorando o criminoso o surpreenderam dentro de um dos quartos na companhia de dois adolescentes e havia acabado de fazer uso de drogas”, completou o delegado Marcelo.
Na Delegacia, em interrogatório gravado em meio audiovisual, o autor da chacina, Livio Paulo Viana Alves, confessou que consumia “crack’, na casa de um colega conhecido por “Paulista”, no bairro Téssele Junior, foi buscar mais entorpecentes na Praça do Bairro Cerrado, pilotando a motocicleta. No caminho avistou dois ex-colegas em um bar já no bairro Veneza.
Na segunda vez que foi buscar drogas, sob efeito alucinógeno, foi até um mercado e comprou duas facas de cabo branco e lâmina considerável. De volta à casa de “Paulista”, Livio somente perguntou aos colegas o porquê “estavam fazendo isso com ele”, referindo-se às brincadeiras e zombarias diante do seu estado de torpe, causado pelo consumo de drogas. Sem esperar resposta, ele atacou as cinco pessoas que estavam na casa, conseguindo matar quatro delas.
Para o delegado Marcelo é provável que as vítimas também estivessem sob efeito de álcool e drogas, já que não conseguiram impedir ou dificultar a ação do preso.
Após os crimes, o acusado, em sua motocicleta, voltou para o local onde havia avistados seus dois ex-colegas, e os golpeou usando as facas. Uma das vítimas foi atingida na região do pescoço, morrendo na hora. A outra ficou com a faca cravada no pescoço, mas foi socorrida por algumas testemunhas e encaminhado para hospital.
Em busca de mais drogas, o criminoso voltou à Praça do Bairro Cerrado, para adquirir mais entorpecente, encontrando-se com dois adolescentes usuários, os quais o convidaram para irem pata a quitinete deles. Onde Livio foi flagrado pela polícia.
No interrogatório formal na delegacia, Livio confessou a prática do crime com riqueza de detalhes, que somente o autor do crime poderia saber, com frieza e consciência de seus atos”, declarou o delegado Marcelo Martins Torhacs.