EUZIANY TEODORO
CHRISTINNY DOS SANTOS
DO REPÓRTERMT
Um boné foi o que permitiu a identificação do homem que intermediou a contratação do pistoleiro que matou o advogado Roberto Zampieri em Cuiabá, no dia 5 de dezembro. Trata-se de Hedilerson Fialho Martins Barbosa, de Minas Gerais. Ele estava junto com o executor, Antônio Gomes da Silva, no momento da morte, e usava boné com o emblema de um estande de tiro onde é instrutor profissional. Assim, a Polícia Civil chegou até ele.
“Cada um correu pra um lado", revelou um investigador de Minas Gerais, ao RepórterMT.
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"No dia em que foi preso, ele estava novamente com o mesmo boné, que está aqui na frente de vocês”, afirmou o delegado Edison Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em coletiva à imprensa, neste sábado (22), onde apresentou as evidências coletadas até agora.
“Agora que vai ser o deslinde da investigação. A gente vai procurar amarrar os vínculos entre eles. O vínculo entre o Antônio e esse intermediário a gente já amarrou. O boné dele, o boné que ele usou no dia do crime, quando ele estava na companhia de Antônio, está aqui. Então, a gente vai começar a amarrar os vínculos em toda a cadeia, desde o executor até o mandante”, afirmou.
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Mandante, pistoleiro e intermediário que executaram Zampieri são transferidos de jatinho para MT
Intermediário pagou R$ 40 mil por execução de Zampieri; Veja vídeo da prisão
Hedilerson Fialho Martins Barbosa e Antônio Gomes da Silva foram presos no decorrer da semana, em Minas Gerais. De acordo com o pistoleiro, o acordo era o pagamento de R$ 40 mil, dos quais ele já teria recebido metade.
Neste sábado, eles foram transferidos e chegaram a Cuiabá sob um forte esquema de segurança.
Em coletiva, os delegados Edison Pick e Caio Fernandes deram mais detalhes da dinâmica do assassinato.
Segundo as investigações, o pistoleiro Antônio ficou pelo menos 30 dias em Cuiabá fazendo a vigilância e monitorando os passos de Zampieri. Vídeo já divulgado pelo RepórterMT mostrou que o assassino chegou a conversar com o advogado dentro do escritório, um dia antes de matá-lo.
No dia do crime Hedilerson chegou à Capital e se hospedou no mesmo hotel onde Antônio estava. Mais tarde, acompanhou a emboscada e morte de Zampieri e foi embora no dia seguinte.
Para o delegado Edison Pick, o trabalho da dupla foi “mal feito”, pois mostraram os rostos às câmeras de segurança.
“A gente recebeu os vídeos da vigilância lá no escritório e da empreitada que os executores realizaram, por sinal mal feita, expôs a face deles. E com a face deles a gente conseguiu identificá-los. A gente fez as técnicas investigativas, a gente chegou no hotel que eles foram hospedados, seguimos os passos a passos através das câmeras de vigilância. São as câmeras de vigilância que a gente tem e nos auxiliaram, foi assim que a gente conseguiu identificá-los”, explicou.
De acordo com os delegados, na viagem até Cuiabá, nenhum dos três envolvidos mostrou qualquer arrependimento.
Mandante
A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo foi a mandante do assassinato, de acordo com os delegados. Ela não confessou o crime e também foi transferida para Cuiabá neste sábado.
Aqui, vai passar por novos depoimentos, exames de corpo de delito e em seguida será levada à Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto.
Leia mais sobre o caso aqui.
Rogerio sales 24/12/2023
Não profissionais são burros pois todos detalhes são investigados . Parabéns a inteligência da polícia.
Zuca 23/12/2023
Quando se tem dinheiro tem investigação e tudo se desvenda em uma semana, mas e as mortes do shopping, vão jogar que foi mando de facção e fica por isso mesmo
2 comentários