DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O cabo da Polícia Militar, Jackson Pereira Barbosa, de 39 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira (17), no âmbito da Operação “Office Crime – O Elo”, que apura o assassinato do advogado Renato Nery. O mandado de busca e apreensão foi cumprido na cidade de Primavera do Leste, onde mora.
Outro colega de farda, identificado como Ícaro Nathan Santos, também foi alvo de mandado de prisão, em Cuiabá.
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De acordo com a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), esta etapa da investigação envolve os investigados pela intermediação relacionada à entrega da arma de fogo para os executores do homicídio e, também, a conexão com os mandantes.
No mês passado, o militar já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão na mesma operação.
O militar, que possui uma ficha polêmica na corporação, tentou entrar para política ao concorrer a vereador de Primavera do Leste, nas eleições de 2024.
Em março deste ano, foram presos outros militares por suposto envolvimento no crime. Estão presos os PMs da Rotam Leandro Cardoso, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Jorge Rodrigo Martins, e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, e também PM Heron Teixeira Pena Vieira.
Histórico
Além do assassinato de Renato Nery, o policial militar Jackson Pereira Barbosa esteve envolvido, no dia 2 de abril, no espancamento de um homem em Primavera do Leste. Ele foi filmado agredindo a vítima com uma barra de ferro e foi afastado do cargo.
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Jackson também chegou a ser preso em março de 2022, durante ações da Operação Simulacrum, por suspeita de integrar um grupo de extermínio, que simulava confrontos com supostos criminosos para matá-los. Ao todo, cerca de 24 pessoas foram mortas e outras quatro foram vítimas de tentativa de homicídio. Um dos objetivos dos policiais seria obter promoções e colocar seus batalhões em evidência.
Execução de advogado
O ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery foi atingido por disparos na cabeça no dia 5 de julho de 2024, quando chegava em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá.
Ele chegou a ser socorrido com vida e levado às pressas para o Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgias, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.
