ANDRÉIA FONTES
DA REDAÇÃO
Condenado a 31 anos e nove meses de prisão por participação no crime que ficou conhecido como Caso Shangri-lá, quando mãe e filho foram mortos a mando de um delegado da Polícia Civil, Ildebrando Passos, 43, conhecido como Huck ou Cobra, volta para a cadeia. A prisão do criminoso foi decretada no dia 24 de janeiro deste ano, por estar desde fevereiro do ano passado com a tornozeleira eletrônica desligada.
Um mês após a prisão ser decretada, Ildebrando foi preso por policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Móvel (Rotam) na avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. Uma denúncia apontava que o suspeito estaria em um carro clonado.
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Ildebrando foi avistado pelos policiais em um Mini Cooper vermelho, apontado na denúncia. Ao ser abordado, se apresentou aos com o nome de Vandil Cândido Camargo Leal. Os policiais descobriram se tratar de documento falso e efetuaram a prisão em flagrante por uso de documento ilegal e receptação. Na delegacia, o dono de uma garagem apontou que Ildebrando também usou documentos falsos para locar o veículo.
Durante audiência de custódia, no dia 26 deste mês, o flagrante foi convertido em prisão preventiva.
Regressão de regime
Juiz da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, Geraldo Fidélis, que decretou a prisão do criminoso, ao ser informado de sua captura, marcou para o dia 11 de março a audiência de justificação, momento que pode definir pela regressão do regime ou que o condenado volte a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.
Ildebrando cumpre pena unificada de 31 anos e nove meses de prisão. São 26 anos de prisão pela morte da advogada Marluce Maria Alves e do filho dela Rodolfo Alves de Almeida Lopes. Por tráfico de drogas, foi condenado a mais cinco anos e nove meses.
Caso Shangri-lá
A advogada Marluce Maria Alves e o filho dela Rodolfo Alves, de 24 anos, foram executados quando saíam de casa, em março de 2004.
Além de Huck, que é apontando como o motociclista que levou o pistoleiro ao local do crime, também foram condenados o executor, Alexsandro Campos Lemes, a três anos, uma vez que era menor à época do crime. Benedito Costa Miranda, o Piré, pegou 30 anos e quatro meses de reclusão, por ter contratado Ildebrando, e Francisnei Rodrigues Pereira dois anos de reclusão, por ter emprestado a arma utilizada no crime.
O ex-delegado Edgar Fróes, foi condenado a 30 anos e 8 meses de prisão por ser o mandante do crime .
O motivo do assassinato, de acordo com a sentença de pronúncia, foi porque a advogada Marluce estaria ameaçando o ex-delegado de denunciá-lo à corregedoria. Edgar Fróes teria intermediado uma dívida de Marluce com um agiota. No entanto, Marluce estava repassando o dinheiro a Fróes, valor que não era entregue ao credor. O filho dela morreu porque estava junto na hora.
Fabio 01/03/2020
Nossa ... Que juízes severos. Só um ano com a tornozeleira desligada. Deixa o menino em paz...
1 comentários