DO REPÓRTER MT
O RepórterMT obteve acesso à identificação de todos os advogados e o policial militar presos na Operação Gravatas, deflagrada na manhã desta terça-feira (12), pela Polícia Civil. Os alvos foram identificados como Hingritty Borges Mingotti, Tallis de Lara Evangelista, Roberto Luís de Oliveira, Jéssica Daiane Maróstica e o soldado Leonardo Qualio. A inestigação aponta que eles estariam não só atuando em defesa da organização criminosa Comando Vermelho, mas também em crimes graves como tortura.
A reportagem apurou que os advogados Hingritty e Talles atuavam em favor da facção em Cuiabá, enquanto Roberto e Jéssica em Sinop.
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Além deles, também foi preso o policial militar Leonardo Qualio, que era o responsável por repassar para os comparsas registros de ocorrências, o que possibilitava que eles estivessem sempre atentos às investigações que eram realizadas.
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Durante cumprimento das ordens judiciais, os investigadores encontraram R$ 100 mil em espécie, escondidos dentro de uma sacola, na casa de um dos alvos, na cidade de Sinop.
Ainda de acordo com as investigações, os advogados não trabalhavam apenas na defesa dos membros da facção, mas buscavam atrapalhar a atuação policial repassando informações sobre as investigações e auxiliando em crimes graves, como tortura e levantando dados pessoas de vítimas da facção.
O policial militar, por sua vez, repassava para os advogados boletins de ocorrências registrados, permitindo que tanto os advogados como as lideranças da facção acompanhassem a atuação da polícia, tanto da Civil quanto da Militar.
Juntos, os integrantes dessa organização criminosa desmantelada pela Polícia Civil obtinham vantagens de natureza financeira e jurídica, além de praticarem crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, tortura e lavagem de dinheiro.