JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT
O delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP), afirmou que a soltura da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo não atrapalha as investigações sobre a investigação da execução do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá.
Maria Angélica foi presa no dia 20 de dezembro, acusada de ter mandado matar o advogado, mas foi colocada em liberdade na noite dessa quinta-feira (18), em decisão do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquérito Policiais (Nipo). Ele entendeu que não existem provas concretas que justifiquem a manutenção da prisão por mais 30 dias.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Ao RepórterMT, o delegado Nilson Farias disse isso não vai mudar o andamento das investigações. “Ao meu ver, particularmente, eu não acho que atrapalha. A investigação continua. Ela não é a única tese de investigação”, afirma.
Leia mais - Acusada de mandar matar Zampieri foi solta porque pistoleiro citou "homem com sotaque italiano"
“Ao meu ver, o problema seria se tivesse soltado o Hedilerson [Fialho Martins Barbosa, intermediário], o Antônio [Gomes da Silva, executor], o coronel [Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, financiador]. Agora, em relação a ela, eu acho que é menos grave, menos problemático”, completa.
Veja tudo sobre o Caso Zampieri clicando aqui.
Ainda segundo Nilson, não há o que se discutir da decisão do magistrado. “O juiz, no caso, analisou de uma forma criteriosa. Então, se ele, na autonomia dele, decidiu, não tem o que discutir. Ela está sendo monitorada, vai usar tornozeleira”, salienta.
O delegado também não acredita que exista chance de algum dos outros três presos pelo crime serem soltos pela Justiça, já que o elo entre o trio está claro. “São situações totalmente diferentes em termos processuais. O Antônio e o Hedilerson confessaram a participação. O coronel ficou em silêncio, mas os executores sempre o apontavam como financiador”, conclui.
Prisões
A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro, no dia 20 de dezembro. No momento da prisão, ela estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado. Interrogada, a investigada negou as acusações.
O coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, foi preso no dia 15 de janeiro de 2024, em Belo Horizonte (MG), apontado como financiador da execução. Em um primeiro depoimento ele permaneceu em silêncio. O coronel foi transferido para Cuiabá na quarta (17) e, caso necessário, irá prestar um novo depoimento.
Antonio, o executor, foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O mandado de prisão foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado.
Hedilerson Fialho Martins Barbosa foi preso no dia 22 de dezembro, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Maria Angélica, Antonio e Hedilerson foram transferidos para Cuiabá no dia 21 de dezembro.
O crime
O assassinato aconteceu no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, no dia 05 dezembro. Zampieri foi assassinado com nove tiros, dentro do próprio carro, uma Fiat Toro, quando saía do escritório. O bandido ficou de tocaia, esperando o advogado sair.
Em vídeos é possível ver a Fiat Toro estacionada na Rua Topázio. Quando o advogado entra no veículo, é seguido pelo bandido, que estava todo de preto. Ele se aproxima e atira várias vezes.
Alberto 19/01/2024
Rico não fica preso em Mato Grosso, cadeia aqui é para pobre
1 comentários