DA REDAÇÃO
Uma empresa que tem contrato com a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) , cujo objeto é o gerenciamento e supervisão dos projetos básicos e executivos e da realização de todas as obras e instalações, obtenção das licenças ambientais, fornecimento e montagem de sistemas e material rodante para a implantação dos corredores estruturais de transporte coletivo na Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá – no sistema RDC, no modal Veículo Leve sobre Trilho – VLT - foi invadida pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (16) na Operação Ararath III.
A sede da empresa fica em um edifício localizado na Avenida do CPA em Cuiabá. A PF cumpriu mandado de busca e apreensão
A PF chegou até a empresa antes das 6 horas da manhã. Como não havia funcionários, os agentes usaram a chave reserva do escritório que fica na recepção do prédio. Uma faxineira do edifício foi usada como testemunha para abrir a sala.
Os policiais teriam saído da sede da empresa levando em torno de 8 HDs ( disco rígido de computador onde se armazena todas as informações da máquina).
A assessoria de imprensa da Polícia Federal, disse ao RepórterMT que deve ser feito um balanço da terceira fase da Operação Ararath, mas, porém, o nome dos alvos e o que foi apreendido não serão divulgados.
O contrato entre a Secopa e a empresa gira em torno de R$ 46 milhões. A empresa já recebeu do governo, segundo dados do Fiplan, R$ 8 milhões pela tarefa.
Os agentes cumprem sete mandatos de busca e apreensão, nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra.
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no curso de inquérito judicial instaurado para apurar crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro.
As investigações referentes à Operação Ararath prosseguem em segredo de Justiça.
A Operação Ararath foi desencadeada pela PF no dia 12 de novembro, quando foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, com o objetivo de tenta desbaratar uma quadrilha que usa factorings como empresas de fachada para lavagem de dinheiro. O principal alvo é o empresário do Grupo Amazônia `Petróleo, Júnior Mendonça, apontado como gerente do ‘esquema.’
No dia 25 de novembro a Polícia Federal cumpriu outros sete mandados, incluindo a residência e o escritório do juiz Federal Julier Sebastião, e também do ex-presidente do Detran/MT, Gian Castrillon, que além de sua residência, teve o gabinete vasculhado.
A investigação teve início em 2011, com a finalidade de apurar a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro.
O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado, tendo como base operacional a empresa Globo Fomento Mercantil, em Várzea Grande. Nos últimos seis anos, foi movimentada a quantia, nas contas dos investigados, de mais de R$ 500 milhões.
Os acusados responderão pelos crimes previstos no art. 16 da Lei nº 7.492/86, cuja pena é reclusão de 01 a 04 anos e multa, e art. 1º da lei 9.613/98, com pena de reclusão de 03 a 10 anos e multa. A Polícia Federal não divulgou nome das pessoas envolvidas no esquema.
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Divulgação |
Contrato entre a empresa alvo da PF e a Secopa |