EUZIANY TEODORO
DO REPÓRTERMT
A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, mandante da execução do advogado Roberto Zampieri, tinha planos de fugir do Brasil o mais rápido possível. A informação é da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá (DHPP).
Ela já estava sendo investigada porque tinha uma relação de conflito com o advogado, com várias ações judiciais entre os dois. Uma semana antes do crime, foi inclusive condenada a pagar uma indenização de R$ 200 mil a Zampieri por injúria, calúnia e difamação.
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No entanto, diante da possibilidade de fuga iminente, a Polícia Civil precisou acelerar a prisão de Maria Angélica.
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Uma denúncia anônima chegou ao delegado Caio Fernando Albuquerque, de Cuiabá, e ele foi a Minas Gerais para prender a empresária. Ela foi presa em um posto de combustíveis na cidade de Patos de Minas, na quarta-feira (20), dentro da mesma Montana em que esteve em Cuiabá no dia do crime, e tinha uma pistola 9mm na cintura, mesmo calibre da usava para executar Zampieri.
"No decorrer das investigações, chegou uma denúncia anônima de que Maria Angélica estaria vendendo a área de terra dela, a fazenda dela, a qualquer preço, para ir embora do Brasil. Com essas informações, a gente pediu ao judiciário a prisão temporária", explicou o policial.
Nesse sábado (23), Maria Angélica foi transferida para a capital mato-grossense, onde chegou sob escolta e com capuz sobre a cabeça.
Zampieri teria advogado um tempo a favor de Maria Angélica, mas mudou de lado no decorrer da mesma disputa agrária. A DHPP investiga se essa é a motivação do crime. Apenas uma semana antes do crime, a empresária foi condenada a pagar indenização de R$ 200 mil a Zampieri, devido a supostas ameaças e ofensas.
A polícia também apreendeu o passaporte de Maria Angélica. Em depoimento, ela negou as acusações e alegou que não pretendia viajar.
O crime
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.