Faiad: Execução de Zampieri traz sensação de insegurança para advogados

Marcus Mesquita

Avogado marcou presença no velório do amigo Roberto Zampieri.

APARECIDO CARMO
JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT

Para Francisco Faiad, o advogado Roberto Zampieri foi morto em razão da sua atividade profissional e a execução traz a sensação de insegurança para toda a categoria. A declaração foi feita nesta quarta-feira (06), durante o velório do colega advogado, em Cuiabá.

Zampieri foi morto a tiros na noite de terça-feira (05), quando deixava o escritório onde trabalhava, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. O assassino, que estava de tocaia aguardando a saída da vítima, disparou pelo menos nove vezes, quando Zampieri já estava dentro de seu carro, uma Fiat Toro.

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“Eu entendo que esse ato de violência cometido contra o Roberto é um ato de violência contra a advocacia e contra a sociedade como um todo. Um ato desse, praticado, eu não tenho dúvida, em razão do exercício profissional dele, é uma ofensa à advocacia como um todo e à sociedade. Eu espero que esse ato seja investigado e severamente punido”, disse.

“Nós defendemos um lado, o outro lado fica insatisfeito. Quando a nossa causa é julgada improcedente, o nosso próprio cliente fica insatisfeito. Então, quer dizer, nós trabalhamos numa luta constante com relação à satisfação e insatisfação. Então, a atividade da advocacia é uma atividade de risco e, mais uma vez, isso se prova”, acrescentou.

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Segundo Faiad, apesar de, no decorrer da profissão, ter enveredado para outros ramos de atividade, Zampieri sempre foi um “advogado militante” e nunca deixou de atuar nos tribunais.

Segundo Faiad, Roberto tinha uma arma. Apesar de não saber se ele estava com ela no momento do crime, acredita que dificilmente ele teria conseguido reagir no cenário exibido pelas imagens de câmeras de segurança.

“O Roberto há algum tempo havia me dito que tinha arma. Agora, o que adiantou ele ter arma naquela situação que vocês viram no vídeo. Se tivesse ali armado ou não, não sei se estava, ia mudar alguma coisa?”, questionou.

Conforme Faiad, a presidente da OAB de Mato Grosso, Gisela Cardoso, se reuniu com o secretário de Segurança Pública, César Roveri, para cobrar que a investigação seja aprofundada e rápida.