THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ofereceu denúncia contra a fazendeira Inês Gemilaki, o filho médico Bruno Gemilaki, e o cunhado Eder Gonçalves Rodrigues. No último dia 21, o trio invadiu uma casa para matar o garimpeiro Enerci Afonso Lavall, em Peixoto de Azevedo (671 km de Cuiabá), e acabaram executrando Pilson Pereira da Cruz, de 69 anos, e Rui Luiz Bogo, de 81 anos.
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O promotor Álvaro Padilha de Oliveira os denunciou por homicídio, com a qualificadora do motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ele ainda reforçou o pedido para que o trio seja mantido preso preventivamente, enquanto o processo judicial está sendo conduzido.
A denúncia ainda requereu que o trio pague uma indenização aos familiares das vítimas, como forma de reparar os danos. Para a família de Pilson foi pedido o valor de R$ 1 milhão, enquanto para os familiares de Rui, o valor de R$ 700 mil.
Por fim, o promotor pediu a revogação da prisão de Márcio Gonçalves, marido de Inês, por entender que ele não participou diretamente do crime. Ele entende que o suspeito não participou das execuções e nem auxiliou os criminosos a fugirem.
“No mais, em relação ao indiciado Márcio Ferreira Gonçalves, o Ministério Público deixa de oferecer denúncia contra ele pela prática do homicídio qualificado e tentado, uma vez que, conforme demonstrado nos autos, não estava presente no momento da execução”, diz trecho da denúncia.
O crime
Como mostrou o RepórterMT, uma das linhas de investigação é de que o alvo da ação criminosa era o garimpeiro Enerci Afonso Lavall, conhecido como “Polaco”, em razão de uma cobrança de aluguel no valor de R$ 60 mil.
A família não teria aceitado os valores impostos pelo garimpeiro sobre um imóvel que foi alugado por eles. Eles chegaram a entrar com uma ação na Justiça, mas decidiram executar o garimpeiro.
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O alvo dos criminosos não foi atingido. A arma de Ines Gemilaki falhou nas três vezes no momento em que ela tentou atirar contra ele.