THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT
O padre José Roberto, que estava na residência em que Inês Gemilaki e Bruno Gemilaki invadiram e mataram duas pessoas, contou que ainda está atormentado com o acontecido e descreve o local como uma cena de terror. Ele sobreviveu ao ataque de fúria de mãe e filho.
Ao programa Encontro, da Rede Globo, o padre contou que estava na casa do garimpeiro “Polaco” desde a hora do almoço para comemorar o aniversário de um amigo.
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Por volta das 15h, eles decidiram jogar uma partida de canastra. Quando estavam na “segunda mão” do jogo, ele lembra ter ouvido um tiro. Ao olhar para frente da casa, ele viu Bruno com uma arma de fogo atirando na direção da casa, alegando que estava ali para “vingar a sua mãe”.
Ao notar que poderia ser atingido, ele correu em direção à sala, quando viu um amigo sendo baleado e morto. Em seguida, viu Inês entrar na casa bastante alterada e atirar contra outro conhecido, que já estava caído no chão.
Por fim, ele ainda conta que chegou a ver Inês mirando contra o garimpeiro, mas a arma acabou falhando no momento dos tiros.
Quando a mulher e o filho saíram da casa, ele descreveu o local como cena de filme de terror.
“Quanto mais o tempo passa, as horas vão passando, tudo fica ainda pior. As cenas que vi durante o crime e depois, sempre pioram. Ver alguns amigos mortos do meu lado, é uma cena horrível. As imagens ficam cada vez mais fortes em minha mente”, disse.
O padre acabou sendo baleado durante os disparos, passou por uma pequena cirurgia e passa bem.
O crime
Como mostrou o RepórterMT, uma das linhas de investigação é de que o alvo da ação criminosa era um garimpeiro, conhecido como “Polaco”, em razão de uma cobrança de aluguel no valor de R$ 60 mil.
A família não teria aceitado os valores impostos pelo garimpeiro sobre um imóvel que foi alugado por eles. Eles chegaram a entrar com uma ação na Justiça, mas decidiram executar o garimpeiro.
Na tarde desse domingo, os criminosos invadiram a casa de “Polaco” durante uma festa de aniversário e mataram dois idosos, identificados como Pilson Pereira da Silva, de 65 anos, e Rui Luiz Bogo, de 71 anos. Um padre também foi baleado, mas não corre risco de vida.
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O alvo dos criminosos não foi atingido. A arma de Ines Gemilaki falhou nas três vezes em que ela tentou atirar contra ele.