FRANCISCO BORGES
DA REDAÇÃO
Diante da Operação “Castelo de Areia”, deflagrada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Delegacia Regional de Cuiabá, o irmão do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, ex-vereador João Emanuel, Lázaro Roberto Moreira, afirmou que, tanto ele quanto o ex-vereador, “apenas” prestavam serviços jurídicos para a empresa alvo da ação, a Soy Group, apontada como o núcleo da atuação de falsos agenciadores que teriam aplicado golpes em investidores, que somamariam ao menos R$ 50 milhões.
“Nós fomos contratados para advogar para a empresa. Nós temos um contrato nesse sentido, que iremos apresentar no processo”, disse Lázaro aos jornalistas.
“Nós fomos contratados para advogar para a empresa. Nós temos um contrato nesse sentido, que iremos apresentar no processo”, disse Lázaro aos jornalistas. Ele alegou que prestava o serviço de assessoria jurídica e defesa em processos para o grupo e que não tinha qualquer relacionamento na estrutura da empresa.
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O irmão de João Emanuel disse ainda que não advoga mais para a empresa desde o ano passado. Ele afirma que parou de prestar serviços para a Soy em dezembro, pois não havia recebido seus honorários.
Ainda na tarde desta sexta-feira (26), o juiz aposentado e advogado Irênio Lima Fernandes - pai de João Emanuel - protocolou na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, o pedido de prisão domiciliar para o filho.
O ESQUEMA
O delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Regional de Cuiabá, disse que a estrutura criminosa tinha João na vice-presidência da empresa e Lázaro como diretor jurídico.
De acordo com o delegado, sete vítimas já foram identificadas e a Polícia Civil acredita que muitas vítimas ainda possam aparecer. Damasceno conta que existe um contrato no valor de R$ 1 bilhão que pode ter sido alvo dos criminosos. “Essa quadrilha vinha atuando na capitação de recursos, cometendo esses estelionatos desde 2014. As vítimas pagavam cerca de R$ 300 mil, R$ 400 mil e acabavam não tendo o retorno. Nós estamos investigando um contrato que giram em torno de R$ 1 bilhão", disse o delegado.
Lázaro chegou a ser ter o mandado de condução coercitiva cumprido na manhã desta sexta-feira (26). João Emanuel recebeu o mandado de prisão no Hospital Santa Rosa, onde está internado, se recuperando de um procedimento cirúrgico. Quando receber alta médica, ele deve ser encaminhado para o Centro de Custódia da Capital (CCC).
Segundo a Polícia o líder do grupo criminoso seria o empresário Walter Dias Magalhães Júnior e sua esposa Shirlei Aparecida Matsuoka. Eles são um donos da empresa Construtora ABC Shares Brasil LTDA ME e ela preside a Soy Group. O casal tentou fugir e foi preso no interior de Goiás.
Já o ex-vereador, que teve o mandato cassado por um esquema de fraudes à licitações da Câmara Munciipal, durante sua gestão como presidente, juntamente com seu irmão, o advogado Lázaro Roberto de Lima, cuidavam da parte jurídica da empresa Soy e também do esquema. O financeiro da empresa da Soy Group ficava com o empresário Evandro Goulart.
Também tiveram mansdado de prisão cumpridos Marcelo de Melo Costa, que atuava como colaborador e agenciador, e Evandro José Goulart, representante financeiro.