KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT
O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e tornou réus o criminoso Paulo Witer Farias Paelo, mais conhecido como “W.T.”, e outros 25 alvos da Operação Apito Final. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (29).
Os envolvidos vão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, proveniente do tráfico de drogas, com comércios e futebol amador em Cuiabá. A operação apontou que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 65 milhões.
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“Os acusados promoveram e integraram, pessoalmente, organização criminosa liderada por Paulo Witer Farias Paelo, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas entre si, com a finalidade de obter vantagem mediante especialmente a prática do crime de lavagem de capitais oriundos das atividades ilícitas da facção criminosa ‘Comando Vermelho’”, diz trecho da denúncia feita pelo MPE.
Além de W.T., também tornaram réus: Alex Júnior Santos de Alencar (o “Soldado”), Andrew Nickolas Marques dos Santos, Cleyton César Ferreira de Arruda, Cristiane Patrícia Rosa Prins, Emanuele Antônia da Silva, Emerson Ferreira Lima, Emilly Vitória Santos Alves, Erisson Oliveira da Silveira, Fabiana Félix de Arruda Souza, Fabiana Maria de Cerqueira dos Santos, Fagner Farias Paelo (o “Vaguinho”, irmão de W.T.), Jaiane Suelen Silva de Arruda, Jean Marcel Neves Conrado, Jeferson da Silva Sancoviche (o “Japão”), Jonas Cândido da Silva (o advogado de W.T.), Joventino Xavier, Luiz Fernando da Silva Oliveira, Maria Aparecida Coluna Almeida, Mário Henrique Tavito da Silva, Mayara Bruno Soares Trombim, Michael Richard da Silva Almeida, Paulo Vinícius Gabriel de Araújo, Renan Freire Borman, Tayrone Júnior Fernandes de Souza e Thassiana Cristina de Oliveira Arruda.
Operação Apito Final
Em uma investigação que durou quase dois anos, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apurou centenas de informações e análises financeiras que possibilitaram comprovar o esquema liderado por Paulo Witer para lavar o dinheiro obtido com o tráfico de drogas. Para isso, ele usou comparsas e familiares como testas de ferro na aquisição de bens móveis e imóveis para movimentar o capital ilícito e dar aparência legal às ações criminosas.
A operação foi deflagrada no dia 2 de abril deste ano, com a finalidade de descapitalizar a organização criminosa e cumprir 54 ordens judiciais, que resultaram na prisão de 20 alvos, entre eles o líder do grupo, identificado como tesoureiro da facção, além de responsável pelo tráfico de entorpecentes na região do Jardim Florianópolis.