APARECIDO CARMO, DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), acusou a equipe do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) de não colaborar com a transição, esconder informações importantes e enviar pen drives vazios para os profissionais que tentam se inteirar da situação das contas da Prefeitura de Cuiabá a tempo das primeiras ações de governo após a posse, em janeiro.
“É uma resistência silenciosa, porque quando a gente pede a informação, eles mandam, às vezes arquivos vazios. É uma resistência, não é? Então, a gente pede e mandam um pen drive, às vezes, e não tem nada. Fala que tá no site, na parte de transição, você clica na aba e não tinha nada. Aí demora a nos dar a informação. Aí, quando dá, ela não é a informação completa, é uma informação meio que ausente. Então, é uma certa resistência silenciosa”, classificou o prefeito.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Até mesmo a reforma administrativa prevista pelo prefeito pode ser prejudicada em razão da dificuldade em obter acesso a essas informações.
LEIA MAIS - Abílio fala em corte de R$ 100 milhões e prepara demissão em massa de apadrinhados
Abilio disse que a sua equipe precisa buscar dados essenciais da administração no Portal da Transparência, mas nem todas as informações estão disponíveis na internet, o que dificulta o trabalho da equipe do próximo prefeito, que não consegue se situar diante do tamanho e da complexidade da máquina.
“Muitas das informações nós estamos tendo que buscar no próprio Portal da Transparência, porque nós esperávamos que tivesse uma colaboração de nos informar, por exemplo, quais são os contratos que estão expirando, o que que tá encerrando, quais foram as ordens de serviço que foram emitidas, e essas informações elas não foram nos oportunizadas de obter conhecimento. A gente teve que buscar no Portal da Transparência e a gente tem uma preocupação, porque no Portal da Transparência não tá tudo”, disse.
“A gente tem ciência, por exemplo, de situações como essas manifestações de funcionários que tão reclamando salários atrasados e tudo mais, e a gente não sabe se existe uma ordem de serviço ou se já existe um pagamento a essas empresas, e como que a gente vai receber isso no início do mandato. Por exemplo, já não é a primeira empresa que tá reclamando de funcionários com quatro meses de salário atrasado. Como que vai ser isso?”, questionou.