facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 11 de Fevereiro de 2025
11 de Fevereiro de 2025

10 de Fevereiro de 2025, 17h:20 - A | A

POLÍCIA / GOLPE DA FORMATURA

Justiça decreta bloqueio de bens de empresa de eventos que deu calote em formandos

Decisões atendem pedidos de duas formandas, porém mais de mil alunos foram prejudicados.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O juiz Alexandre Elias Filho, da 8ª Vara Cível de Cuiabá, determinou o bloqueio de R$ 77 mil das contas da empresa Imagem Serviços de Eventos, acusada de dar o “golpe da formatura” em mais de mil alunos universitários em Mato Grosso e Tocantins.

O bloqueio atende a duas ações movidas contra a empresa. O primeiro pedido está em nome de Gabriela Ruiz Prestes, estudante de Medicina, que alegou em juízo que pagou o montante de mais R$ 33,6 mil para a empresa em troca da realização da festa de formatura.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

LEIA MAIS - Delegado: Mais de mil alunos foram lesados por golpe da formatura; prejuízo de R$ 7 milhões

Na decisão, o magistrado apontou que, caso não fosse concedida a liminar, “a demandante poderá se ver impedida de receber a restituição pelos valores pagos e não utilizados por ela”. Destacou o risco de dilapidação patrimonial, já que a empresa admitiu as dificuldades financeiras quando pediu a recuperação judicial.

Por fim, o magistrado acabou determinando o bloqueio de R$ 51,9 mil das contas da empresa para restituir os valores pagos (R$ 33,6 mil), mais as perdas e danos fixados no contrato firmado entre as partes.

A segunda ordem de bloqueio atendeu o pedido da estudante Julia Rizzon Souza, que solicitou a restituição de R$ 25 mil, também levando em consideração as cláusulas contratuais, que previam perdas e danos.

LEIA MAIS - Decon investiga empresa que faliu cancelou festa de formatura de medicina

Conforme a Polícia Civil, mais de mil alunos foram vítimas do “golpe da formatura”, que veio a tona no último dia 31 de janeiro, quando a empresa comunicou que não honraria com os contratos assinados em razão de um pedido de recuperação judicial.

Turmas de estudantes de Medicina de Cuiabá e Várzea Grande chegaram a pagar para a empresa valores superiores à R$ 1 milhão. Até o momento, foram registrados mais de 200 boletins de ocorrência.

Os donos da empresa, Márcio Nascimento e Eliza Severino, não foram encontrados pela polícia ainda. Alguns estudantes suspeitam que eles tenham fugido do país.

Comente esta notícia