APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O juiz Alexandre Elias Filho, da 8ª Vara Cível de Cuiabá, determinou o bloqueio de R$ 77 mil das contas da empresa Imagem Serviços de Eventos, acusada de dar o “golpe da formatura” em mais de mil alunos universitários em Mato Grosso e Tocantins.
O bloqueio atende a duas ações movidas contra a empresa. O primeiro pedido está em nome de Gabriela Ruiz Prestes, estudante de Medicina, que alegou em juízo que pagou o montante de mais R$ 33,6 mil para a empresa em troca da realização da festa de formatura.
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Na decisão, o magistrado apontou que, caso não fosse concedida a liminar, “a demandante poderá se ver impedida de receber a restituição pelos valores pagos e não utilizados por ela”. Destacou o risco de dilapidação patrimonial, já que a empresa admitiu as dificuldades financeiras quando pediu a recuperação judicial.
Por fim, o magistrado acabou determinando o bloqueio de R$ 51,9 mil das contas da empresa para restituir os valores pagos (R$ 33,6 mil), mais as perdas e danos fixados no contrato firmado entre as partes.
A segunda ordem de bloqueio atendeu o pedido da estudante Julia Rizzon Souza, que solicitou a restituição de R$ 25 mil, também levando em consideração as cláusulas contratuais, que previam perdas e danos.
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Conforme a Polícia Civil, mais de mil alunos foram vítimas do “golpe da formatura”, que veio a tona no último dia 31 de janeiro, quando a empresa comunicou que não honraria com os contratos assinados em razão de um pedido de recuperação judicial.
Turmas de estudantes de Medicina de Cuiabá e Várzea Grande chegaram a pagar para a empresa valores superiores à R$ 1 milhão. Até o momento, foram registrados mais de 200 boletins de ocorrência.
Os donos da empresa, Márcio Nascimento e Eliza Severino, não foram encontrados pela polícia ainda. Alguns estudantes suspeitam que eles tenham fugido do país.