JOÃO AGUIAR
FERNANDA ESCOUTO
O juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), João Bosco Soares da Silva, determinou que o coronel do Exército Brasileiro Etevaldo Luiz Caçadini Vargas seja transferido para Cuiabá. O recambiamento do militar deve ser realizado ainda nesta quarta-feira (17). O oficial foi preso na manhã de segunda-feira (15), acusado de financiar a execução do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá.
A defesa de Etevaldo entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso para que a prisão temporária fosse reduzida de 30 para 5 dias. Além disso, também pediu para que ele continuasse detido em Minas Gerais.
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Ao analisar o pedido, o juiz João Bosco negou o recurso, argumentando que o prazo de 5 dias de prisão temporária só cabe para crimes que não são considerados hediondos, e que 30 dias são cabíveis nesse caso.
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Sobre o recambiamento, o magistrado afirmou que a presença do coronel em Cuiabá é imprescindível, já que possibilitará o andamento das investigações realizadas pela Polícia Civil. “De forma efetiva, podendo realizar eventuais acareações entre os investigados ou entre estes e testemunhas, assim como. o reconhecimento pessoal, dentre outras diligências necessárias a serem realizadas”, diz trecho da decisão.
“Em consonância com o parecer Ministerial, AUTORIZO o recambiamento do preso ETEVALDO LUIZ CAÇADINI DE VARGAS para este Juízo - Comarca de Cuiabá/MT, o qual deverá cumprir a Prisão Temporária em Sala de Estado Maior”, conclui.
O caso
Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro, quando deixava seu escritório. O assassino ficou de tocaia esperando a vítima sair e o atacou no carro, uma Fiat Toro, com pelo menos 10 tiros.
A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, mandante da execução, tinha planos de fugir do Brasil o mais rápido possível, quando foi presa em Minas Gerais.
Já o executor e o intermediário, que contratou o assassino a mando da empresária, se encontraram uma única vez, em um hotel de Cuiabá, onde ambos estavam hospedados. Eles também viviam no estado mineiro e vieram a Cuiabá cometer o homicídio.