JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT
O bandido Leônidas Almeida de Jesus, de 25 anos, conhecido "Léo Maconha" e apontado como líder do Comando Vermelho, foi preso na manhã desta quarta-feira (1º), na segunda fase da “Operação Kalypto”, deflagrada pela Polícia Civil, em Cuiabá. Ele é acusado de sequestrar e degolar quatro trabalhadores maranhenses na capital.
De acordo com a Polícia Civil, a segunda fase da operação, além de prender Léo Maconha, também cumpriu três mandados de busca e apreensão domiciliares nos bairros Pedregal e Jardim das Américas.
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Das nove prisões decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Capital no bojo das investigações sobre o sequestro, homicídio e ocultação de cadáver de quatro rapazes do Maranhão, oito foram cumpridas e um investigado está foragido.
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Entre os presos estão Vinícios Barbosa da Silva (Melancia), de 28 anos; Cleiton Ozorio Carvalho Luz (Mané), de 38 anos; Cleison Thiago Xavier dos Santos Luz, de 23 anos; Marcelo Wagner Cruz de Oliveira (Macaco ou índio), de 34 anos; Igor Augusto da Silva Carvalho (Barbado), de 27 anos.
Além deles, Erickelly Albernaz, 21 anos, também foi presa por envolvimento no crime. Ela é filha do ex-traficante “Maninho”, que liderava o tráfico de drogas na região do bairro Pedregal, em Cuiabá. Ele morreu em 2015.
De acordo com o delegado Caio Fernando Albuquerque, as investigações apontaram que Erickelly atraiu os rapazes ao local, de onde depois foram sequestrados e mortos pelo grupo criminoso.
Suposto desaparecimento
As vítimas vieram do Maranhão para Mato Grosso em busca de trabalho devido à escassez de oportunidades no estado nordestino. Em Cuiabá, conseguiram trabalho com salário e podiam suprir as despesas de alimentação e moradia.
Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, também de 20 anos, desapareceram no dia 02 de maio de 2021, de um conjunto de quitinetes onde moravam, no Jardim Renascer, em Cuiabá. Os quatro foram retirados do local por um grupo armado.
A investigação da DHPP apurou que as vítimas foram cruelmente mortas - sofreram decapitação, amputação dos dedos e uma delas foi atingida por um disparo no peito. Outras duas foram mortas com disparos na nuca.
Os investigados responderão pelo homicídio triplamente qualificado – impossibilidade de defesa, motivo torpe e meio cruel - além de ocultação de cadáver, sequestro e integração de organização criminosa.
A DHPP realizou inúmeras buscas por indícios que pudessem levar à localização dos corpos das vítimas, que permanecem desaparecidos até o momento.