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Cuiabá, 01 de Julho de 2024
01 de Julho de 2024

26 de Junho de 2024, 17h:19 - A | A

POLÍCIA / ESTRATÉGIA DA DEFESA

Médico culpa mãe fazendeira por mortes em Peixoto de Azevedo, mas TJ nega liberdade

O ataque, que ainda deixou dois feridos, aconteceu no dia 21 de abril deste ano.

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT



O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou habeas corpus, nesta quarta-feira (26), e manteve a prisão do médico Bruno Gemilaki. Ele e a mãe, a fazendeira Inês Gemilaki, invadiram a casa do garimpeiro Enerci Afonso Lavall, em Peixoto de Azevedo, e mataram Rui Luiz Bogo e Pilson Pereira da Cruz.

O ataque, que ainda deixou dois feridos, aconteceu no dia 21 de abril deste ano.

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A defesa alegou que ele não apresenta riscos à sociedade, pois quem fez os disparos contra as vítimas foi Inês. Bruno estaria no local “acidentalmente”.

Até onde vai a extensão de responsabilidade dele? A denúncia deixa claro que a mãe de Bruno é a executora do delito, a ele se atribui a figura de partícipe. Precisamos saber até onde vai a extensão dessa responsabilidade”, disse a defesa durante sessão da Quarta Câmara Criminal.

O advogado ressaltou a tese de que a família estaria sendo ameaçada por Enerci devido a uma dívida de aluguel imobiliário.

No voto, o relator, desembargador Hélio Nishiyam, pontuou que Bruno estava na cena do crime, inclusive portando arma de fogo. Sobre o nível de participação, o relator destacou que isso deve ser tratado na ação penal, que já está em curso.

Entendo que essas circunstâncias justificam, sim, uma prisão preventiva para garantir a ordem pública, porque denota uma maior periculosidade social do paciente”, disse Hélio, que teve o voto seguido por unanimidade.

O caso

Inês, Bruno e o cunhado dela, Eder Gonçalves Rodrigues, foram presos por invadirem a casa do garimpeiro Enerci Afonso Lavall e matar duas pessoas e deixar duas feridas. O crime foi todo gravado por câmeras de segurança.

Enerci sobreviveu ao atentado, porque a arma de Inês acabou falhando três vezes.

As investigações apontaram que Inês foi inquilina de Enerci por mais de um ano. Ao entregar a casa, ela teria deixado dívida de aluguel, além de câmeras quebradas e outras avarias.

Ela não teria aceitado quitar a dívida e ele a colocou na Justiça.

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