DO REPÓRTERMT
Oito réus por envolvimento em uma organização criminosa que movimentou R$ 70 milhões com roubos e furtos de defensivos agrícolas estão soltos, menos de dois anos depois de serem alvo da Operação Xeque-Mate, deflagrada pela Polícia Civil em novembro de 2022. O processo se arrasta na justiça esse tempo todo e está em fase de alegações finais.
A maior parte dos réus foi solta ainda em agosto do ano passado, quando o processo tramitava na 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Em decisão do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, obtiveram liberdade mediante o pagamento de fiança de R$ 10 mil e o uso de tornozeleira eletrônica, assim como outras cautelares, os seguintes réus: Ângelo Henrique Markoski da Cunha, Danilo Pereira de Lima, Rodrigo Calca e Sandoval de Almeida Junior.
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Os réus Viviane Menegazzi e David dos Santos Nascimento foram soltos na mesma época, sem tornozeleira eletrônica e mediante o pagamento de fiança de R$ 10 mil. Já o réu Valdelirio Krug obteve a revogação da prisão preventiva mediante o pagamento de fiança de R$ 50 mil.
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No dia 10 de julho deste ano, depois que o processo foi remetido para a 5ª Vara Criminal de Sinop, a decisão, assinada pelo juiz Anderson Clayton Dias Batista, mandou retirar as tornozeleiras eletrônicas dos réus ngelo Henrique Markoski da Cunha, Danilo Pereira de Lima e Rodrigo Calca.
A última movimentação pública no processo foi no dia 15 de julho deste ano, quando Sandoval de Almeida Júnior obteve decisão para também remover a tornozeleira eletrônica.
Operação Xeque Mate
Deflagrada no dia 4 de novembro de 2022, pela Delegacia de Sorriso, a operação cumpriu 10 prisões preventivas e 14 buscas e apreensões domiciliares, além do afastamento de sigilo e sequestro de bens contra grupo acusado dos crimes de associação criminosa, receptação qualificada e lavagem de capitais, que teria movimentado R$ 70 milhões.
O grupo agia na receptação dos defensivos agrícolas e de cargas de grãos roubados. Os produtos eram comprados de outras organizações criminosas, especializadas no roubo e furto e, posteriormente, repassados aos “consumidores finais”. Além disso, atuavam na lavagem do dinheiro obtido com a ação criminosa.
Um dos alvos, professor da educação básica, declarou à Receita Federal rendimento bruto de cerca de R$ 10 mil mensais. Contudo, a investigação constatou que a conta bancária do investigado movimentou mais de R$ 6 milhões no período de 38 meses. Ou seja, ele precisaria ter um rendimento mensal de R$ 175 mil mensal para justificar essa movimentação.
Além disso, os acusados adquiriam automóveis de luxo como forma de lavar o dinheiro do crime. Um investigado trabalhava em uma farmácia, com salário de R$ 2,4 mil, mas movimentou em suas contas bancárias o valor de R$ 1,4 milhão, além de viver em um imóvel avaliado em R$ 500 mil.
Eles também compravam jóias, relógios e diamantes. Um dos acusados fazia ofertas para revender esse tipo de material para traficantes da região.
Dez pessoas chegaram a ser denunciadas, mas a Justiça tornou apenas oito delas em rés.
Mauro 30/07/2024
E desse modelo ,a cara da justiça brasileira trocada por merda e muito caro
Paulo sa 30/07/2024
Crime não compensa? Isso?
2 comentários