DO REPÓRTERMT
O Ministério Público de Mato Grosso, por meio da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Sorriso, ofereceu nesta sexta-feira (15) denúncia contra o pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, 32 anos, por quatro homicídios qualificados e três estupros, tendo como vítimas mãe e 3 filhas.
Os crimes foram cometidos entre a noite do dia 24 e a madrugada do dia 25 de novembro, na residência das vítimas, no município de Sorriso.
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Na chacina, Gilberto matou Cleci Calvi Cardoso, 46 anos; Miliani Calvi Cardoso, 19 anos; Manuela Calvi Cardoso, 13 anos; e Melissa Calvi Cardoso, 10 anos. Apenas a filha caçula não foi abusada sexualmente pelo maníaco.
Além da qualificadora de feminicídio, já que os crimes foram praticados com menosprezo e discriminação à condição de mulher, o Ministério Público entendeu que os quatro homicídios também foram cometidos de forma cruel, com a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas, para assegurar a execução e garantir a impunidade de outro crime; e dois crimes contra menores de 14 anos de idade.
O Ministério Público também imputou uma causa de aumento de pena, pois os crimes foram praticados na presença física de ascendente e descendente das vítimas.
A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça Luiz Fernando Rossi Pipino.
Maníaco
O assassino trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas e dormia no local. Ele entrou na residência pela janela do banheiro e ficou no local do dia 24 de novembro até a madrugada do dia 25 – de sexta para sábado.
Os corpos só foram encontrados no dia 27 de novembro (segunda-feira), quando familiares estranharam a dificuldade para falar com as vítimas e acionaram a polícia para entrar na residência.
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Segundo o delegado Bruno França, Gilberto tinha como alvo a mãe das adolescentes, mas perdeu o controle da situação quando as filhas ouviram os gritos da mulher e tentaram defendê-la.
“Ele espreitava a casa, sabia que as meninas estavam sozinhas há alguns dias e não fez nada. Ele esperou a mãe chegar de viagem para cometer o crime. Ele não confessou isso, mas é o que nós da polícia acreditamos”, disse o delegado em entrevista ao RepórterMT.
Apenas dois meses atrás, o pedreiro tinha cometido crime parecido, em Lucas do Rio Verde, e estava foragido desde então.