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Cuiabá, 22 de Abril de 2025
22 de Abril de 2025

07 de Março de 2025, 07h:44 - A | A

POLÍCIA / CASO RENATO NERY

PM e caseiro envolvidos no assassinato de Renato Nery foram alvos da PF por tráfico de drogas em 2023

Conforme apontado pela Polícia Federal, criminosos participavam de um esquema de tráfico de drogas, que cooptava pessoas para levar remessas de cocaína presas ao corpo para outros estados.

KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT



O policial militar Heron Teixeira Pena Vieira e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, investigados por envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, de 72 anos, em Cuiabá, já foram alvos da Polícia Federal em 2023, durante a Operação Camada, que revelou um esquema interestadual de tráfico de drogas. Alex, apontado como o executor de Renato, foi preso na manhã dessa quinta-feira (6) pela Polícia Civil durante as ações da Operação Office Crime, já Heron segue foragido.

Conforme apontado pela Polícia Federal, o militar e o caseiro eram os principais beneficiários do esquema de tráfico de drogas, que cooptava pessoas para levar remessas de cocaína presas ao corpo para outros estados, como o Maranhão, por exemplo. Heron e Alex foram descobertos após as investigações apontarem que ambos não possuíam vínculo empregatício, mas conseguiram movimentar mais de R$ 153 mil, sendo R$ 124 mil na conta de Alex em sete transações e R$ 29 mil na conta de Heron em 11 transações.

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De acordo com uma representação assinada em 2023 pelo delegado federal Daniel dos Anjos Pereira, os depósitos feitos aos criminosos teriam sido realizados pelas contas de Ingrid Tatiele dos Santos, suspeita de ser “laranja” no esquema de tráfico interestadual e ter tido um caso com Heron na época do ocorrido.

“Não foi encontrado histórico criminal em seu nome, por outro lado, ALEX também não possui vínculos empregatícios desde 2015, razão pela qual não há aparente justificativa para o recebimento, sendo certo que não existe outro motivo além do tráfico de drogas para ter recebido este montante da conta de traficantes de drogas, sobretudo ALICE FERNANDA e INGRID TATIELE”, diz trecho da representação.

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Em conversas de WhatsApp interceptadas pela polícia, foi constatado que o PM havia se envolvido com Ingrid e ambos atuavam juntos com a traficante Alice Fernanda, que usava as contas de Ingrid para receber o dinheiro proveniente da venda das drogas. No documento apresentado pela Polícia Federal, foi constatado uma movimentação de mais de R$ 606 mil nas contas de Ingrid, entre novembro de 2021 e março de 2023.

Com a deflagração da operação, os policiais identificaram que o caseiro Alex fornecia a conta bancária pessoal para que Heron fizesse a movimentação dos recursos financeiros ilícitos. Além disso, Alex era quem recebia as drogas adquiridas por Heron durante viagens realizadas à noite no interior de Mato Grosso.

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Assassinato de avogado

Renato Nery foi morto com pelo menos sete tiros no dia 5 de julho de 2024, quando chegava para trabalhar em seu escritório de advocacia, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. Nery chegou a ser levado ao hospital e passou por uma cirurgia de emergência, mas morreu na madrugada do dia seguinte.

Menos de 20 dias antes do crime, o advogado havia denunciado um “escritório do crime” à OAB de Mato Grosso, contra um colega envolvido em uma ação por disputa de terras.

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Operação Office Crimes

Deflagrada pela Polícia Civil na manhã dessa quinta, a operação prendeu quatro policiais militares envolvidos no assassinato de Nery. Entre eles estão Wailson Alesandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira, Leandro Cardoso e um outro PM que ainda não foi identificado.

Além deles, também foi preso o caseiro Alex Roberto de Queiroz, que trabalhava para o PM Heron Teixeira Pena Vieira, que é alvo da operação e segue foragido.

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Luiz Alfredo 07/03/2025

Não tem explicação um marginal desses permanecer na PM , depis dessa descoberta de tráfico de drogas.

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1 comentários