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Cuiabá, 21 de Dezembro de 2024
21 de Dezembro de 2024

23 de Outubro de 2023, 11h:58 - A | A

POLÍCIA / MOMENTOS DE TERROR

Polícia descarta que sequestro de pai de prefeito tenha sido crime político

Até o momento, três criminosos foram presos e oito estão foragidos.

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT



A Polícia Civil descartou que o sequestro de Edson Joel Meira, 57 anos, pai do prefeito de Jangada, Rogério Meira, tenha sido um crime político. Edson foi sequestrado no início da manhã de domingo (22), e conseguiu escapar. 

Três pessoas foram presas até o momento, elas foram identificadas como: Alice Estefane dos Santos, de 24 anos; Victor Campos, de 25 anos; e Beatriz Petersen de Jesus, de 22 anos. Segundo a polícia, essas pessoas não conheciam o resto do bando, não sabiam onde ficava o cativeiro e foram contratados apenas para fazer a extorsão da família.

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Outras oito pessoas estão sendo procuradas por participação no crime.

O delegado Guilherme Belão, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), afirmou que não há indícios de que tenha sido um crime político. “Nesse momento não há qualquer indício. Acreditamos que por ser pai de um prefeito, os criminosos acreditavam que ele tinha posses, valores em contas bancárias, então até então está sendo esse o motivo que acreditamos ter ocorrido o crime”, diz.

Não levaram nada da propriedade, a não ser o veículo da vítima que foi abandonado posteriormente. A princípio era extorsão mediante sequestro, exigência de valores para liberar a vítima”, explicou o delegado.

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O crime

De acordo com o registro de ocorrência, oito criminosos chegaram pelos fundos da propriedade rural por volta das 02h da manhã. Armados, eles ordenaram que as vítimas não corressem, amarraram todos os funcionários e a namorada de Edson.

À polícia, um dos trabalhadores relatou que o bando disse não querer nada, esperariam apenas pelo pai do prefeito, mostraram a foto de Edson, dizendo que já sabiam que ele chegaria ao amanhecer.

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Logo que Edson chegou à propriedade, em uma caminhonete Fiat Toro, os criminosos o renderam usando um medicamento para dopá-lo e fugiram levando a vítima no mesmo veículo.

Um dos funcionários relatou à polícia que já havia visto um dos criminosos na propriedade rural, na ocisão, eles haviam discutido por uma cobrança de dívida. Conforme narra o boletim, a convivente de Edson também reconheceu um dos bandidos que passou a noite na propriedade durante um evento que ocorreu a região.

O veículo roubado pelos bandidos foi encontrado pela Polícia Rodoviária Federal abandonado próximo ao Trevo do Lagarto, em Várzea Grande.

Fuga

Edson conseguiu escapar do cativeiro após alcançar uma garrafa de vidro e ameaçar um dos criminosos, que estava desarmado. Em seguida, ele teria caminhado cerca de 7 km à pé até uma região habitada, onde conseguiu pedir socorro.

“Ali no cativeiro ficaram na presença dele (a vítima) dois criminosos. Um armado e outro desarmado. Em determinado momento, acabou a água do local, era uma casa abandonada, então não tinha rede de água. Esse criminoso armado foi em busca de água e foi aí que ele (a vítima) identificou uma oportunidade de tentar fugir. Ele alega que tinha uma garrafa de vidro próxima, ele quebrou essa garrafa de vidro, conseguiu se desamarrar e partiu para cima desse segundo criminoso que estava lá desarmado", conta o delegado Guilherme Belão.

Assustado, o criminoso saiu correndo. Edson fugiu pelo mato, ainda sob o efeito dos medicamentos que os bandidos o obrigaram a ingerir.

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