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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

12 de Setembro de 2023, 17h:20 - A | A

POLÍCIA / NO SHOPPING POPULAR

Polícia prende bandidos envolvidos em morte de lojista que vendia cigarros sem autorização do CV

Duas prisões foram cumpridas dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), e uma contra um alvo que estava solto. Um quarto envolvido está foragido.

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT



A Polícia Civil prendeu mais três bandidos envolvidos na execução do empresário Joseonaldo Ferreira de Araújo, 44 anos, conhecido como “Naldo Rei do Tereré”, que ocorreu dia 19 de dezembro de 2022, dentro do Shopping Popular, em Cuiabá. A investigação mostrou que o crime ocorreu, pois o lojista vendia cigarros contrabandeados sem autorização do Comando Vermelho.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, as prisões aconteceram nesta terça-feira (12), na Capital. Os alvos são os líderes do CV que foram os mandantes da execução. Dois mandados foram cumpridos contra presos que estão dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, e um contra um alvo que estava solto. Um quarto envolvido está foragido.

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Até o momento, oito criminosos foram presos por envolvimento na execução de Naldo. No dia 1º de agosto, foram detidos Lucas Leonardo Padilha, Gabriel Motta e um terceiro que não teve a identidade revelada.

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Além deles, participaram do crime Bruno Fernandes de Souza Costa, 22 anos, que foi preso após o homicídio e Wenderson Santos Souza, 24 anos, que morreu em confronto com a Polícia Militar depois do crime.

Conforme o delegado Bruno Abreu Magalhães, da Delegacia Especializada de homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Lucas Leonardo deu auxílio para Bruno e Wenderson no homicídio, os levando até o Shopping Popular e esperando para levá-los embora. Gabriel e o terceiro, não identificado, tiveram participarão ‘moral’.

Motivação

De acordo com o delegado, o empresário foi morto por vender cigarros contrabandeados sem autorização do Comando Vermelho.

“No final das investigações nós chegamos na motivação, que foi por venda de cigarros contrabandeados. Joseonaldo não obedeceu às ‘diretrizes’ do Comando Vermelho, já que a facção controle a venda desses cigarros ilegais que vêm do Paraguai”, afirmou Bruno Magalhães.

Conforme o delegado, para vender os cigarros contrabandeados, Naldo precisava comprá-los da facção. Porém, o empresário acabava comprando por outros meios.

“Ele foi ameaçado, ele foi alertado para que não continuasse a venda e optou por vender de forma sigilosa e foi avisado pessoalmente, foi avisado por mensagem de telefone e desejou continuar com a prática, o que culminou com a sua morte", pontuou.

Execução

Joseonaldo Ferreira de Ajaúro, 44 anos, foi executado a tiros, na noite do dia 19 de dezembro, dentro do Shopping Popular, em Cuiabá. Os criminosos foram até o local para executar a vítima em um possível acerto de contas.

A DHPP apurou, por meio de imagens coletadas e relatórios investigativos, que a dupla chegou local e claramente demonstrava não saber quem era a vítima. A análise das imagens mostra que os criminosos estavam a todo momento teclando com uma terceira pessoa, em busca de informações sobre Joseonaldo.

Em determinado momento, Wenderson se aproxima do parceiro e aponta para a vítima, gesticula e sinaliza ao comparsa quem era o alvo.

Nas imagens é possível ver os dois criminosos, um de camiseta preta e outro de camiseta listrada entrando no shopping. Em seguida, um deles puxa conversa com Joseonaldo e o outro sai para fora. Logo depois, o bandido de camiseta preta dá um tiro na cabeça do empresário e foge.

Quando saíram do estabelecimento, foram surpreendidos por uma equipe da Cavalaria, que passava pelo local. Houve troca de tiros e Wenderson acabou atingido. Ele ainda tentou escapar, chegou a pegar uma criança para tentar fazer de refém, mas morreu no local. Com ele foi apreendida uma pistola calibre 38 e 23 munições.

Bruno foi preso em flagrante e com ele apreendido um revólver de calibre 38, com seis munições intactas. Durante os trabalhos periciais, foram encontrados próximo ao corpo da vítima estojos e projéteis de pistola calibre 38, o mesmo apreendido em poder de Wenderson, que aparece nas imagens desferindo os disparos à queima roupa contra a vítima.

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