facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 24 de Novembro de 2024
24 de Novembro de 2024

27 de Fevereiro de 2023, 19h:00 - A | A

POLÍCIA / DENUNCIADO PELO MP

Policial morto em VG era investigado por participação em suposto grupo de extermínio

Policial chegou a ser alvo de uma operação da Polícia Civil em 2022.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT



O policial militar Marcos Gustavo de Oliveira, morto na madrugada de domingo em Várzea Grande, era investigado por participação em um suposto grupo de extermínio, existente dentro da elite da Polícia Militar de Mato Grosso, segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MPMT). Ele chegou a ser alvo da Operação Simulacrum, no dia 31 de março de 2022.

A operação tinha como objetivo combater crimes de homicídios cometidos por militares. Ao todo, a Polícia Civil e o Ministério Público cumpriram 81 mandados de prisão contra PMs. Os policiais foram levados para a sede da Delegacia Especializada de Homicidios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestaram esclarecimentos sobre o caso.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Conforme o Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, o grupo de militares era suspeito de ter matado 24 pessoas, com evidentes características de execução, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro vítimas, sobreviventes.

LEIA MAIS - Delegado: Policial militar pode ter sido morto por facção em VG

As investigações revelaram que os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador, que cooptava criminosos fingindo estar organizando crimes patrimoniais, quando, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los.

Depois de atraí-los para locais ermos, onde já se encontravam os policiais militares, eram sumariamente executados. Em seguida, os policiais que supostamente faziam parte do esquema alegavam morte em confronto.

Conforme apurou o RepórterMT, o processo segue em curso na Justiça. Na época da operação, o MP e a PJC alegaram ter “farto conteúdo probatório” que colocaria em xeque a alegação de confronto policial.

Segundo os investigadores, a intenção do grupo criminoso era de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões.

LEIA MAIS - Sargentos, tenentes, capitães e soldados são investigados por supostas execuções

O Crime - Segundo o delegado Alexandre Nazareth, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Marcos Gustavo foi morto com cinco tiros e 14 facadas.

Um dos tiros atingiu o tórax do PM. Após constatarem a morte, os bandidos foram até a cozinha, pegaram uma faca de serra e fizeram várias perfurações no rosto da vítima. Análise preliminar constatou 14 furos.

O corpo do militar foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, onde passará por exames de necropsia.

Marcos estava lotado no 10º Batalhão da PM, mas estava afastado das atividades.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apura o caso.

Comente esta notícia