JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Os delegados da Polícia Civil, Silas Tadeu e Anaíde Barros, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, afirmaram neste sábado (22), que não descartam a hipótese da chacina ocorrida na noite desta sexta-feira (21), em um bar no bairro São Mateus, em Várzea Grande, ter sido praticada por um ‘grupo de extermínio’, composto por policiais militares que tinha a intenção de vingar a morte do major da Polícia Militar, Claudemir Gasparetto, assassinado nesta terça-feira (18), com cinco tiros.
Na chacina, Anderson José Leite da Silva, Gonçalo Vaz de Campos, Douglas Campos Fernandes, Jean de Assunção Pedroso, Sebastião Carlos Pinho foram mortos com vários tiros na cabeça, costas, peito e braços. Já Marcio Santana da Silva, Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa Júnior também foram baleados, mas foram levados por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ao Pronto Socorro de Várzea Grande, onde estão internados em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Conforme uma testemunha, os suspeitos estavam vestidos com coturnos, no entanto, o calçado não é de uso exclusivo da corporação. Sobre isso, a delegada Anaíde destacou que a informação ainda não é precisa, mas que deve ouvir os PMs que atenderam a ocorrência da execução de Gasparetto. “Se tiver participação de policial ou não, será investigado. Para ajudar nas investigações, vamos contar com o apoio do GCCO (Grupo de Combate ao Crime Organizado)”, explicou.
Outra linha de investigação da Polícia é um possível acerto de contas. Já que dos cinco mortos, três já haviam sido presos por diversos crimes. Já as vítimas internadas no hospital, duas têm antecedentes criminais.
CHACINA
Na noite desta sexta-feira (21) Anderson, Gonçalo, Douglas estavam no bar, na companhia do proprietário, Jean. Quando um carro de cor cinca parou na frente do estabelecimento e desceu quatro homens encapuzados e fortemente armados com revólveres e escopetas calibre 12.
Conforme um policial militar, os homens mandaram os jovens e outros clientes ficarem de frente a uma parede. No momento um dos encapuzados perguntou se algum deles tinha passagens na Polícia, gritou que eles eram integrantes do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) e começou a atirar.
As vítimas não tiveram tempo de fugir e foram atingidas várias vezes. Durante a chacina Marcio Santana da Silva, Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa Júnior também foram atingidos e tiveram que ser levados por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ao Pronto Socorro de Várzea Grande. Eles estão internados em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
A Polícia Militar foi acionada e realizou várias rondas na região, mas não conseguiu prender e nem identificar ninguém.
RepórterMT |
Jovens mortos no bar, no bairro São Mateus, em Várzea Grande |
RepórterMT |
Vítimas foram mortas com tiros de revólveres e escopetas calibre 12 |