ANDRÉ MICHELLS
DA REDAÇÃO
Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), 12h19. Para quem costuma perder até uma hora por dia tentando atravessar a avenida mais famosa da cidade, uma cena inusitada chamou a atenção nesta quinta-feira (30). Em pleno horário de pico, a paisagem era esta da foto. Trânsito tranqüilo, fluindo bem e nada de buzinas, correria ou acidentes. Uma paz total.
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Em uma rápida circulada pela cidade nossa equipe constatou a mesma cena em outras importantes vias de Cuiabá. Na Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha), o famoso funil que se forma nesse horário, todos os dias, com destino ao porto ou ao centro via Avenida Getúlio Vargas. Falando em Getúlio, a mesma cena se repetiu.
As ruas pareciam mais largas e melhor sinalizadas do que de costume. Estacionar também não era problema nessas avenidas. No cruzamento com a Avenida São Sebastião, nada de tumulto como acontece rotineiramente.
Já a avenida Mato Grosso mais parecia estar interditada, dado ao baixíssimo fluxo de veículos, bem diferente do que acontece normalmente. A Presidente Marques, na seqüência da MT, o que se via era pista livre e nada de engraçadinhos de plantão estacionando em local proibido com a velha desculpa de “ah, é só um minutinho”.
O motivo é o feriadão de ano novo que tirou das ruas da Capital cerca de 30% da frota que circula diariamente na cidade, segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). Com uma frota de quase 300 mil veículos nas ruas todos os dias, 100 mil a menos fez uma grande diferença.
Na loucura diária do trânsito, somente em 2010 cerca de 200 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas na Capital, devido a acidentes de trânsito. Uma mistura de imprudência, falta de educação, planejamento viário e fiscalização. Deficiências que nesta quinta-feira , último dia útil do ano, foram pouco percebidas por quem dirigia ou caminhava pelas tortuosos artérias da cidade. Para os que preferem a calmaria, uma pena que na próxima semana comece tudo de novo.
OBRAS: Cuiabá e Várzea Grande começam a receber em 2011 um conjunto de obras e melhorias que prometem transformar a região metropolitana num aglomerado urbano organizado, com infra-estrutura viária e de transporte coletivo adequadas às novas necessidades de uma população. A afirmativa é do presidente da Agecopa, Yênes Magalhães, que acumula o cargo de diretor de Planejamento e Gestão.
Segundo Yênes, os investimentos permitirão a Cuiabá avançar em quatro anos o que demoraria pelo menos 20. “A menor das cidades-sedes da Copa de 2014 será uma das que mais sentirá os efeitos positivos do Mundial”, disse.
A Agecopa promete solução para os principais problemas do trânsito além de investimentos em saneamento, saúde, turismo, esporte e lazer. Yênes ressalta que para tanto, é necessário o apoio da população pois as obras vão gerar transtornos no curto prazo. “O legado justifica a superação de todas as dificuldades”, disse.
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