DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O inquérito elaborado pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) que sustentou a Operação Gota d’Água, deflagrada na última sexta-feira (20), mostra quem eram os servidores investigados e suas funções dentro da organização criminosa que desviou R$ 11,3 milhões do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG).
De acordo com o documento, ao qual o RepórterMT teve acesso, os integrantes do "primeiro escalão" (líderes do grupo) eram o vereador Pablo Pereira (União) e o diretor comercial do DAE, Alessandro Macaúbas. Ambos foram presos na ação. O vereador, no entanto, conseguiu autorização da Justiça de Mato Grosso para sair da prisão nessa segunda (23).
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Os cargos de relevância ocupados pelos investigados ofereciam "amparo estrutural e a garantia de não persecução de infrações funcionais (e delitivas) praticadas pelos servidores públicos da Diretoria Comercial do DAE/VG".
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O "segundo escalão" da organização criminosa era composto por sete servidores da autarquia. São eles: Alex Sandro Proença, ex-servidor do DAE, Victor Hugo Mendes, ex-servidor do DAE, Aguinaldo Lourenço da Costa Silva, ouvidor do DAE, Paulo Ricardo da Silva, TI da empresa LOG PRO, gestora do Sistema Integrado de Gestão de Serviços de Saneamento (GSAN), Anderson Kleiton Correa Botelho, agente de saneamento, Leandro Humberto de Araújo, gerente comercial e Mario Sales Rodrigues Jr., coordenador comercial.
A atuação desse grupo, conforme o inquérito, possibilitava "a realização de fraudes, com inserção de informações falsas no Sistema GSAN, mediante indiscriminado recebimento de valores".
O "terceiro escalão" era ocupado pelos "captadores do balcão". Elizelle Fátima Gomes Moraes, noiva de Victor Hugo, era responsável por fazer refaturamentos, Giliard José da Silva, atendente de consumidores, é apontado como o principal captador de consumidores que procuravam o DAE, e Cintia Izabel Felfili, agente de saneamento, oferecia amparo administrativo executando inserção de informações falsas no Sistema GSAN.
"A propósito, uma das principais formas de atuação criminosa do grupo, reflete a captação do consumidor no balcão de atendimento e encaminhamento para a Sala da Ouvidoria, em que não há visão do público interno e externo, para realização de negociação, induzindo os consumidores a realizarem pagamentos dos débitos em dinheiro a pretexto de ser possível conceder descontos com o adimplemento do valor em espécie", diz trecho de documento.
Já no núcleo de "captadores externos" estão: João Victor Ferreira Campos, fiscal de vistoria ou de corte; Anderson de Lima Barros, fiscal de corte; Pedro Ferreira dos Santos, agente de saneamento; Clébio Gonçalves, agente de saneamento; Josiel Pereira, que atuava no trabalho interno da Diretoria Comercial e seria o grande captador de consumidores inadimplentes; e Edson Ribeiro Santos, fiscal de corte.
Por fim, no "núcleo financeiro" atuavam Catilaine Metzler, casada com Mario Sale e que forneceu contas para receber valores das negociações ilegais, Biancca Lilian de Arruda, que tem um relacionamento com João Victor Ferreira e recebeu valores de negociações ilegais, Danielle Thais Arruda, ex de Anderson de Lima e que recebeu transferências por PIX, e Everton da Silva, fiscal de corte que recebeu valores em sua conta.
"A organização criminosa, para alcançar o sucesso no desvio de recursos do Erário municipal possui conexão estrutural e funcional com o Poder Público, pois conta com a vasta participação de servidores públicos e com a atuação política de um vereador, de modo que possui tentáculos no órgão da Administração Indireta do Poder Executivo e no Poder Legislativo de Várzea Grande", diz outro trecho do documento.
Veja o organograma abaixo:
Reprodução
davi 25/09/2024
Ficou bonito pra cara deles .. perderam emprego.. vão responder processo...nunca mais pode assumir concurso publico...eu lhe pergunto valeu a pena???
1 comentários