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Cuiabá, 03 de Julho de 2024
03 de Julho de 2024

05 de Junho de 2024, 09h:50 - A | A

POLÍCIA / ESQUEMA EM CASA DE SHOWS

Vereador de Cuiabá é alvo de operação que investiga lavagem de dinheiro para o Comando Vermelho

O parlamentar não pediu apoio jurídico à Câmara.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O vereador Paulo Henrique (PV) foi alvo de um mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Ragnatela, deflagrada nesta quarta-feira (05). Segundo apurou a reportagem, todos os funcionários do seu gabinete também foram alvo da polícia. O parlamentar, que tinha direito a acompanhamento jurídico da Câmara, optou por não acionar a Procuradoria-Geral do Parlamento Municipal.

Segundo as primeiras informações divulgadas, o vereador ajudava a conseguir licenças por meio de fiscais da Prefeitura da Capital, atuando para beneficiar o grupo do Comando Vermelho. Ele ajudava a casa de shows comandada pela facção e em retorno recebia benefícios financeiros. Um policial penal também estaria envolvido no esquema.

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A investigação revelou que a facção comprou o Dallas Bar, em Cuiabá, pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie com dinheiro oriundo de práticas criminosas. No espaço eram realizados shows de artistas nacionais custeados pela facção.

O esquema ganhou evidência após uma apresentação do cantor nacional MC Daniel ser interrompida por conta do comportamento hostil do público com o artista apenas por ele ser do estado de São Paulo, dominado por uma facção rival, o Primeiro Comando da Capial (PCC). 

Em continuidade à investigação, os policiais identificaram um esquema para introduzir celulares dentro de unidade prisional e transferências de lideranças da facção para presídios de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado, que se encontra em liberdade.

No último dia 1º de junho, foi identificado que dois alvos da investigação fugiram para o estado do Rio de Janeiro. Um deles é considerado o principal líder da facção criminosa investigada, atualmente em liberdade, e estava viajando com documentos falsos. Os criminosos foram abordados ainda dentro da aeronave, logo após o pouso no aeroporto carioca de Santos Dumont.

A Operação Ragnatela contou com apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública (Ciopaer) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público Estadual, Ppolícia Civil, PM, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.

A Ficco-MT é uma força integrada, composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo a atuação conjunta no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.

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