FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O juiz da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, Jorge Alexandre Martins Ferreira, não atendeu ao novo pedido de Adriana Zampieri de reaver o celular do marido, o advogado Roberto Zampieri, que foi assassinado em dezembro do ano passado.
Em junho, o magistrado havia cedido o aparelho à viúva e o Ministério Público Estadual (MPMT) se manifestou contrário, lembrando que ainda há questionamentos existentes em correição policial e um inquérito policial em trâmite, o que justifica a manutenção da apreensão do celular.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Leia mais: Juiz devolve celular à viúva de Zampieri, mas nega destruir dados de aparelho
Juiz recua e suspende devolução de celular à viúva de advogado assassinado
Dias depois, o juiz revogou a própria decisão e negou que Adriana tivesse acesso ao equipamento.
Agora em um novo recurso, impetrado pela viúva, Jorge Alexandre, negou novamente.
Desde a morte de Zampieri, Adriana tenta recuperar o celular do marido e a destruição do HD. O caso foi parar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), pois há suspeitas que Zampieri estaria envolvido em um esquema de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
O crime
Roberto Zampieri foi morto no dia 5 de dezembro de 2023, quando saía de seu escritório no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Três pessoas foram denunciadas pelo homicídio e estão presas. O fazendeiro Aníbal Laurindo e sua esposa Elenice Ballarotti Laurindo são apontados como mandantes do crime pela Polícia Civil.
O coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, foi preso no dia 15 de janeiro de 2024, em Belo Horizonte (MG), apontado como financiador da execução. Atualmente ele cumpre a prisão preventiva nas dependências do 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, por ser militar.
Antonio, o executor, foi preso em 20 de dezembro de 2023. Já Hedilerson Fialho Martins Barbosa foi preso dois dias depois. As duas prisões foram efetuadas na região metropolitana de Belo Horizonte.