DA REDAÇÃO
O ex-deputado estadual e apresentador de TV Maksuês Leite e outras 5 pessoas já figuram como réus no processo criminal oriundo da Operação Aprendiz, desencadeada em novembro do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Uma das gráficas do ex-parlamentar recebeu durante o ano passado R$ 1,5 milhão da Câmara de Vereadores de Cuiabá.
Maksuês entrou com sua defesa na Justiça sobre as acusações. Conforme as investigações do Gaeco, a empresa Propel, de propriedade do ex-parlamentar, foi usada pelo então presidente do Legislativo Municipal, João Emanuel (PSD) para desviar recursos da Casa.
Por conta das investigações e da abertura do processo, o social-democrata teve o seu mandato cassado na Câmara de Cuiabá, depois da abertura de investigação, através de uma Comissão Processante.
Além de Maksuês e João Emanuel, também figuram como réus no processo, o advogado Rodrigo Cyrineu, Renan Moreno, Aparecido Oliveira e o empresário Gleisy Ferreira de Souza, dono de 95% do capital da empresa Propel, usada para o esquema. Conforme as investigações, o ex-parlamentar seria sócio oculto na empresa gráfica.
Conforme a investigação, a suposta fraude teve início ainda no começo do ano legislativo, em 2013. Três dias após tomar posse como presidente da Câmara de Cuiabá, segundo o MPE, João Emanuel iniciou o processo de licitação fraudulenta com a gráfica Propel.
Os mais de R$ 1,5 milhão seriam investidos em cartilhas e outros produtos gráficos, que segundo o MP nunca foram produzidos.
Nas investigações o MP desconfiou da quantidade de material gráfico adquirido pelo Legislativo Municipal. Os promotores tiraram por base os gastos da Prefeitura de Cuiabá com gráficas. Conforme o MP a prefeitura gastou R$ 500 mil no mesmo período, ou seja, a Câmara gastou três vezes mais que o Executivo Municipal, fato que gerou desconfiança.
OUTRO LADO
Maksuês afirma que já apresentou sua defesa à Justiça. Porém, não quis dar mais detalhes sob a alegação de que o caso tramita em segredo de Justiça.