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Cuiabá, 21 de Dezembro de 2024
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03 de Junho de 2014, 16h:20 - A | A

POLÍTICA / LIGAÇÕES SUSPEITAS

Silval diz que foi avalista de Júnior Mendonça em promissória de R$ 702 mil

\"É uma nota assinada como avalista em nome do emitente. Como que eu pego um dinheiro com um determinado cidadão e ele é emitente e eu sou o avalista?”, explicou.

MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO



Em entrevista aos jornalistas, nesta terça-feira (03), o governador Silval Barbosa (PMDB) não negou que tenha feito ‘negócios’ com o agiota e empresário Júnior Mendonça, hoje delator das investigações da Operação Ararath. À imprensa, Silval declarou que assim como a maioria dos empresários de Cuiabá, conhecia Mendonça, que atuava com uma instituição financeira.

“Conheço sim. Todo mundo conhece. O Júnior Mendonça é uma figura pública porque todos os empresários tinham ele como um banco”, frisou.

Diante de uma nota promissória no valor de R$ 702 mil, assinada por ele, que seria referente a um suposto empréstimo feito junto a Júnior Mendonça, Silval alegou que sua assinatura consta no campo de avalista, portanto ele não teria feito o empréstimo.

“Parece que o Silval Barbosa, na campanha, aparece como avalista do Júnior Mendonça. É uma nota assinada como avalista em nome do emitente. Como que eu pego um dinheiro com um determinado cidadão e ele é emitente e eu sou o avalista?”, explicou.

A nota em questão foi datada em 20 de setembro de 2008, com vencimento para 20 de novembro de 2008.

De acordo com a ação penal do Supremo Tribunal Federal, Silval teria feito empréstimos junto ao agiota desde julho ou agosto de 2008.

Silval não quis detalhar a operação financeira, alegando estar proibido de falar sobre as investigações que correm em segredo de Justiça no Supremo Tribunal Federal.

SILVAL NA ARARATH

De acordo com as declarações do agiota e dono da rede de combustíveis Amazônia Petróleo, foi um empréstimo de R$ 4 milhões feito pessoalmente pelo então vice-governador Silval Barbosa, entre julho e agosto de 2008, para a campanha eleitoral, que teria dado início à sequência de transações que passaram a ser operadas pelo ex-secretário de Fazenda, Eder Moraes, preso no presídio da Papuda, em Brasília.

De acordo com o delator, o próprio Silval disse que a quantia deveria ser recebida de Eder, que começou então a movimentar uma “conta corrente” do Estado, junto ao agiota em nome de Silval e do então governador Blairo Maggi (PR).

Entre os documentos apreendidos na casa do pai do agiota, o nome de Silval aparece várias vezes em anotações que seriam referentes a outros empréstimos.

Entre as anotações apreendidas estão as expressões “SINVAL PESQUISA 300.000,00”, que seria um valor solicitado por Eder para pagar uma pesquisa de intenções de voto para a reeleição do governador em 2010.

Outra anotação de “SIMVAL CONVENÇÂO PMDB”, datada de 23/06/2010 no valo de R$ 150 mil seria para custear despesas como frete de ônibus, comida, entre outros itens para a realização da convenção realizada no dia 23/06/2010. 

Como garantia de pagamento, Júnior Mendonça relatou à PF que bastava uma assinatura de Eder Moraes.

Veja a nota em questão:

nota silval ararath

 

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adriano oliveira 03/06/2014

sei a nota promissoria do mm vc nao mostram ne . coisas de amigos

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1 comentários