facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 05 de Fevereiro de 2025
05 de Fevereiro de 2025

27 de Setembro de 2015, 10h:27 - A | A

VARIEDADES / OBSTINAÇÃO

Alpinista que perdeu nove dedos das mãos desiste de alcançar topo do Everest

Ele decidiu desistir do desafio após tentar chegar ao topo da montanha, a 8,848 metros de altura.

BBC Brasil



Um alpinista japonês que perdeu nove dedos das mãos abandonou a tentativa de chegar ao topo do Monte Everest, na cordilheira do Himalaia.

"Eu tentei usar toda a energia que me restava, mas estava demorando muito para caminhar sobre a neve", escreveu Nobukazu Kuriki em sua página pessoal no Facebook.

>> Clique aqui e participe do grupo de WhatsApp 

"Me dei conta de que se continuasse, não voltaria vivo", acrescentou.

Ele decidiu desistir do desafio após tentar chegar ao topo da montanha, a 8,848 metros de altura.

Se tivesse concluído o feito, o alpinista de 33 anos seria a primeira pessoa a chegar ao cume do Everest após o terremoto que devastou o Nepal em abril deste ano.

Foi a quinta vez que Kuriki tentou chegar ao topo da montanha nos últimos seis anos.

Ele disse que decidiu desistir da meta depois de deixar o "o último campo" na noite de sábado.

"Obrigado a todos pelo apoio", disse ele.

Kuriki seguia pela mesma rota usada por Edmund Hillary e Tenzing Norgay quando se tornaram os primeiros a atingir o pico do monte, em 1953.

O alpinista japonês diz preferir escalar durante o inverno, sozinho e com o mínimo equipamento necessário. "Essa é a forma mais pura da escalada e vale a pena o risco extra", disse ele, antes da desistência.

Ele já escalou o Everest sozinho quatro vezes nos últimos seis anos, mas foi forçado a abandonar o percurso todas as vezes.

Em 2012, ele perdeu nove dedos das mãos depois de passar dois dias preso dentro de um buraco a 8,230 metros de altura e sob temperaturas inferiores a -20C.

O incidente acabou tornando mais difícil as escaladas seguintes, pois seus movimentos são limitados.

"Eu realmente fico nervoso e com medo", disse ele à agência de notícias Reuters depois de chegar ao Nepal, há cerca de um mês.

"É uma sensação natural antes de encarar o desafio de escalar o Everest, e depois do terremoto e durante essa época do ano".

A lucrativa indústria da escalada no Nepal foi significativamente abalada pelo terremoto de 25 de abril, que matou 9 mil pessoas.

 

 

Comente esta notícia