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Cuiabá, 24 de Abril de 2025
24 de Abril de 2025

02 de Julho de 2021, 09h:56 - A | A

VARIEDADES / MATERNIDADE

Mães com ansiedade podem amamentar menos

Estratégia para evitar desmame precoce e melhorar condições de vida de mãe e bebê deve incluir atenção à saúde mental das puérperas, defende pesquisadora da USP

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A amamentação é um período essencial para o bebê. Além dos benefícios para a saúde do pequeno, é um momento em que mãe e filho reforçam seu vínculo. No entanto, algumas mães apresentam dificuldades para amamentar seus filhos e a causa, segundo uma nova pesquisa da USP, pode estar ligada à ansiedade e a depressão. A influência destes transtornos mentais na autoeficácia, isto é, na convicção das mães de que são capazes de realizar a amamentação foi objeto de estudo de Luciana Camargo de Oliveira Melo, pesquisadora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP).

Durante o estudo, foram acompanhadas 186 mães do Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2018 e 2019, e realizada uma avaliação da performance de amamentação aos 60, 120 e 180 dias após o pós-parto. Os resultados mostraram que, livres desses transtornos, as mães obtêm “maiores níveis de autoeficácia para amamentação, situação que pode implicar em maior tempo de aleitamento materno exclusivo”, afirma Luciana.

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Por isso, segundo a pesquisadora, é necessário investir na atenção à saúde mental das mulheres no pós-parto, afim de diminuir o desmame precoce e melhorar as condições de vida da mulher e do seu bebê. “É fundamental um olhar diferenciado dos profissionais de saúde para esse período tão importante na vida da mulher. É fundamental que os profissionais identifiquem as mulheres que necessitam de tratamento, para que assim os impactos possam ser prevenidos”, diz.

Luciana destaca que puérperas em sofrimento causado por algum transtorno mental precisam de orientação e acolhimento, e o trabalho conjunto dos profissionais da saúde pode “contribuir com diagnósticos precoces, promover estratégias de enfrentamento e maiores possibilidades de tratamento para essas mulheres”. Além disso, para ela, é essencial a combinação de diferentes profissionais de saúde no atendimento para integrar estratégias de tratamento e possibilidades terapêuticas.

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