ANDRÉIA FONTES
DA REDAÇÃO
Homem que matou conhecido por causa de uma aposta em jogo de sinuca, com vários tiros pelas costas e seis disparos contra a cabeça, quando a vítima já estava caída no chão, é condenado a 7 anos de prisão em regime semiaberto.
Eudes Guia da Silva, conhecido como Branco, tem várias passagens pela Polícia, já foi condenado pelo homicídio de um policial militar reformado, é acusado de outra tentativa de homicídio após discussão e já foi preso acusado de integrar quadrilha de assaltantes que aterrorizam famílias. Ele sentou no banco dos réus essa semana, 12 anos após executar José Domingos Fontoura. O crime aconteceu em 24 de fevereiro de 2008, por volta das 14h, na rua São Luís, bairro Cidade Verde, em Cuiabá.
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Quanto ao assassinato de José Domingos, denúncia do Ministério Público aponta que minutos antes do crime ele e a vítima tiveram uma discussão no interior de um bar, relacionada ao pagamento de aposta de jogo de sinuca. Mas, após a discussão, tanto o réu como a vítima deixaram o local e foram embora para suas casas.
Eudes, no entanto, foi até a sua residência, pegou a arma de fogo que possuía há vários anos, e retornou fazendo o mesmo percurso para tentar encontrar José Domingos, o que de fato ocorreu, oportunidade em que passou a efetuar disparos de arma de fogo contra a ele.
A denúncia aponta que José Domingos, alvejado à distância e pelas costas, caiu, momento em que o réu efetuou mais seis tiros contra a cabeça da vítima, desta vez a curta distância. “Quanto à sua personalidade e conduta social, em consonância com o entendimento jurisprudencial consolidado, suas análises demandam estudo psicológico e social aprofundados, por profissionais especializados, que não foram realizados nos autos, obstando qualquer valoração nesse particular”, destaca trecho da sentença.
Outro crime
Eudes ainda responde pela tentativa de homicídio contra Kelvin Barros, crime cometido no dia 6 de dezembro de 2015, por volta das 2h30, na rua João Paulo dos Santos, bairro Coophamil, em Cuiabá.
De acordo com a denúncia, Kelvin trabalhava como vigilante de rua no bairro Coophamil.No dia do crime, Eudes teve uma discussão com Manoel Pereira Costa em um bar do bairro e foram separados pelo proprietário. A vítima, que estava trabalhando, se aproximou do bar em uma motocicleta, se inteirou da situação e levou Manoel para casa em segurança.
Em seguida, Kelvin foi até sua base e passou a conversar com sua esposa por telefone, momento em que Eudes, que estava nas imediações, se aproximou do local e efetuou diversos disparos contra a vítima. Kelvin foi atingido na coxa e nos pés, foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Pronto-Socorro de Cuiabá.
Esse processo tramita na 12ª Vara Criminald e Cuiabá.
