CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
O promotor de Justiça Mauro Poderoso de Souza, do Ministério Público Estadual (MPE), pediu que a Justiça não devolva ao empresário Glauco Fernando Mesquita Correa da Costa as armas que foram apreendidas após a morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, em julho de 2020.
A autorização para restituição dos objetos foi concedida pelo juiz Lídio Modesto da Silva Filho, do Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá (Jecrim), quando, na semana passada, ele declarou extinta a punibilidade do empresário.
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Naquela ação, Glauco respondia por omissão de cautela na guarda de arma de fogo, já que foi seu filho quem levou até a casa da namorada, no Alphaville I, em Cuiabá, a pistola que, horas depois, tirou a vida da adolescente.
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O promotor diz que, apesar dessa decisão, as armas do empresário, uma pistola Tanfoglio .38 e outra pistola Imbel .380, fazem parte da ação movida pela morte de Isabele, e que, nesse outro processo, o MPE entrou com um recurso pedindo que seja decretada o perdimento dessas armas de fogo.
Contudo, como o caso ainda está em análise no Tribunal de Justiça, ele quer que o juiz não autorize a devolução das armas ao empresário até que o Tribunal julgue o pedido.
A manifestação de Poderoso contra a devolução das armas foi motivada por um ofício do promotor Rogério Bravin de Souza. Nele, o promotor destacou que o entendimento do Ministério Público é no sentido de que não cabe a restituição das armas por conta dos atos infracionais.
O promotor também destacou que o Exército Brasileiro já tinha suspendido e depois cassado os registros das armas em questão. Por isso, não faria sentido devolver as armas.
"Portanto, uma vez que o Exército Brasileiro a princípio suspendeu e cassou os registros das armas de fogo, parece-nos que inviável seria uma autorização viabilizando sua restituição, pois o autor do fato Glauco Fernando Mesquita Correa da Costa, a princípio, não poderia mais tê-las consigo", diz trecho o ofício.
A Justiça ainda não respondeu ao pedido do MPE.
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