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Cuiabá, 24 de Novembro de 2024
24 de Novembro de 2024

14 de Dezembro de 2016, 17h:59 - A | A

JUDICIÁRIO / "GRÃO VIZIR"

Alan Malouf se entrega, faz exame no IML e vai direto para cela do SOE, em Cuiabá

O empresário é apontado pelo delator da Operação Rêmora como um dos líderes do esquema que fraudava as licitações de obras da Secretaria de Educação (Seduc).

RAFAEL DE SOUSA
DA REPORTAGEM



O empresário Alan Malouf, dono do buffet Leila Malouf, em Cuiabá, se entregou, na tarde desta quarta-feira (14), à juíza Selma Arruda, titular da 7ª Vara Criminal da Capital.

Acompanhado do advogado Huendel Rolim, o empresário foi retirado do Fórum por policiais do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e seguiu para exame de corpo de delito.

Alan Maluf foi encaminhado para o SOE (Serviço de Operações Especiais), da Secretaria de Estado da Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), no bairro Centro América.

Inicialmente, o empresário seria encaminhado ao Centro de Custória da Capital (CCC). Mas, ele não pode ter contato com outros réus na ação penal na Operação Rêmora, como o ex-secretário de Educação, Permínio Pinto.

A prisão ocorre na terceira fase da Operação Rêmora, denominada “Grão Vizir”. 

O decreto assinado pela juiza Selma Arruda levou em consideração a delação feita pelo empreiteiro Giovani Guizardi.

A magistrada considerou, ainda, o princípio da ordem pública para mandar prender o empresário.

O poder econômico de Alan Malouf seria um fator de coação de testemunhas no processo.

Na tarde desta quarta-feira, os agentes do Gaeco cumpriram mandados de busca e apreensão na empresa e na residência do empresário.

O empresário Alan Malouf é considerado o principal alvo da terceira fase da "Operação Rêmora".

A operação descobriu um esquema de corrupção dentro da Secretaria de Estado de Educação.

Malouf é um dos nomes citados na delação premiada do empresário Giovani Guizardi, dono da Dínamo Construtora Ltda.

O empresário foi apontado como financiador de um suposto Caixa 2, que teria favorecido a campanha do governador Pedro Taques (PSDB), em 2014. O montante seria de R$ 10 milhões.

Grão Vizir

O nome da operação faz alusão à denominação de alguém que era um ministro e conselheiro de um sultão, ou rei, da antiga Pérsia. O têrmo significa literalmente ajudante. 

Grão-Vizir era a mais alta autoridade, depois do sultão, durante o Império Otomano, e era considerado como um representante deste e atuava em seu nome.

O esquema

O empreiteiro Giovani Guizardi, delator do esquema de fraudes a licitações de obras da Secretaria de Educação do Estado (Seduc),  afirmou ao Ministério Público Estadual, que ele arrecadou ao menos R$ 1,200 milhão em propina repassada por empreiteiras contratadas pela pasta.

Desse montante, ele disse que entregava, a cada 10 dias, de R$ 120 a 160 mil ao empresário Alan Malouf, que dividia a quantia com o deputado Guilherme Maluf (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa.

Em declaração ao MPE, Guizardi ressaltou que os valores eram referentes a 50% da propina, arrecada pelo grupo criminoso. Segundo ele, Alan Malouf ficava com 25% e Guilherme Maluf com 25%. O dinheiro era levado por ele até o escritório do empresário. Lá ele deixava a quantia em envelope, ou caixa, dentro do banheiro de uso particular.

Outro lado

Por meio da assessoria de imprensa, o empresário Alan Malouf negou que estivesse foragido.

Ele afirmou que informou às autoridades que estava à disposição para esclarecimentos, a partir do momento em que seu nome foi citado nas investigações da Operação Rêmora.

Confira a íntegra da nota:

"Sobre a operação "Grão Vizir" realizada nesta quarta-feira (14), que teve como alvo o empresário Alan Malouf, esclarecemos que desde o primeiro momento em que seu nome foi citado nas investigações da operação "Rêmora", o empresário informou às autoridades que estava à disposição para prestar os esclarecimentos devidos. 

Assim que tomou conhecimento oficialmente da operação, Alan se apresentou espontaneamente ao juízo da 7ª Vara Criminal e reiterou a disposição de colaborar na elucidação dos fatos. 

Ratificamos ainda que não existe nenhum acordo de colaboração premiada sendo elaborado, conforme noticiado pela imprensa. 

A defesa do empresário aguarda ter acesso aos autos para tomar as medidas cabíveis e entrar com o pedido de liberdade. 

Assessoria de imprensa"

Comente esta notícia

Ze/Cuiabá 15/12/2016

Tá..... Se o Empresário emprestou 10 milhões ele não foi para oferecer, algum sultão pediu ajuda...e quem vai preso é o empresário?, O nome do beneficiado principal tem que vim a tona, vamos empresário ponha quem de direito no "xilimdró"

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Luciano 14/12/2016

E os 10 milhões foi pra campanha

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João aleluia 14/12/2016

Aleluia , mas é o resto ???????

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3 comentários