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Cuiabá, 24 de Novembro de 2024
24 de Novembro de 2024

25 de Dezembro de 2016, 17h:00 - A | A

JUDICIÁRIO / CONDENADO A 18 ANOS

Ex-vereador era autor intelectual de esquema de desvio na Câmara

Juíza diz que João Emanuel foi o maior beneficiário da fraude; ele condenado a 18 anos de prisão por peculato

CELLY SILVA
DA REDAÇÃO



O ex-vereador João Emanuel Moreira Lima foi o autor intelectual - e o principal beneficiado financeiramente - das fraudes na Câmara Municipal de Cuiabá, no período em que ele presidiu a Casa, em 2013.

Esta é a conclusão a que chegou a juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, ao sentenciar o ex-parlamentar a 18 anos de prisão, no começo da semana).

Conforme a decisão, do montante de R$ 1,655 milhão que previa o contrato de compra de material gráfico da empresa Propel Comércio de Materiais para Escritório Ltda., apenas 2% - ou seja, pouco mais de R$ 34 mil - foram efetivamente entregues.

João Emanuel ficou com 75% do montante de R$ 1,621 milhão desviado, o que significa que ele lucrou R$ 1,215 milhão com o esquema.

Os outros 25%, que resultaram em cerca de R$ 405 mil, ficaram com a gráfica, que pertencia ao ex-deputado estadual Maksuês Leite, que também foi condenado, mas vai responder em liberdade.

“As provas produzidas nos autos são contundentes no sentido de que João Emanuel Moreira Lima foi o autor intelectual dos crimes, sendo que era a pessoa que determinava o pagamento dos materiais, ciente de que não haviam sido entregues. Além do mais, foi o principal beneficiado financeiramente com as fraudes, eis que 75% dos valores desviados voltavam este acusado e seu grupo político”, diz trecho da decisão.

O caso

De acordo com a denúncia apresentada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), João Emanuel, assim que assumiu a presidência do Legislativo cuiabano, tomou medidas para “saquear o dinheiro público”, nomeando pessoas de sua confiança para cargos estratégicos para operar o esquema fraudulento.

No entanto, ele pouco teria se importado em apagar os rastros de seus feitos ou em maquiá-la com a legalidade, motivo pelo qual o Gaeco denominou a investigação de “Operação Aprendiz”. 

Leia também:

Maksuês Leite é condenado a 4 anos e 1 mês de prisão por fraudes

João Emanuel é condenado a 18 anos de prisão por crimes de peculato 

Comente esta notícia

Maria 25/12/2016

O aprendiz não aprendeu tão bem. O mestre está solto. A herdeira está reinando! Apenas o aprendiz está preso. O dinheiro roubado, que é bom, nas contas!!!!

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Benedito costa 25/12/2016

É João Emanuel Sua vida e de sua familia caiu em tentaçao. Vai ter que chupar picolé na cadeia.

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2 comentários